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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

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CASO ISABELE

Faculdade mudou métodos para evitar que jovem que matou amiga fosse excluída e sofresse represálias

Foto: Reprodução

Faculdade mudou métodos para evitar que jovem que matou amiga fosse excluída e sofresse represálias
A jovem B.D.O.C., que matou a melhor amiga com um tiro no rosto em um condomínio de luxo em Cuiabá, em 2020, foi expulsa do curso de medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic nesta sexta-feira (16). Reportagem do site Hipernotícias veiculada nesta sábado (17) detalhou, através do depoimento de uma veterana do curso que não quis ser identificada, como foi a reação da comunidade acadêmica ao descobrirem a identidade da atiradora. 


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De acordo com a matéria, a instituição chegou a mudar métodos já consolidados  na instituição para evitar que B.D.O.C sofresse represálias e fosse excluída de grupos de trabalho. A irmã dela estuda na mesma faculdade e, segundo a reportagem, também sofria situação semelhante. 

A estudante disse que a coordenação da Mandic chegou a realizar uma reunião com a atlética da faculdade solicitando que a jovem não fosse excluída de atividades.

“Algumas meninas que são da sala dela me falaram que elas eram muito excluídas. Elas em um canto e a sala inteira no outro. Quando elas chegavam, todo mundo levantava e mudava de lugar. A faculdade mudou o método de escolha de grupos, porque temos muito trabalho em grupo. Antes, a gente escolhia, agora, é por sorteio. Tudo encaixa para ser por culpa dela. A gente não tem certeza, mas acredita que sim. Estamos com essas suposições”, disse a veterana ao Hipernotícias. 

“A coordenação fez uma reunião com a atlética da faculdade e falou que não era pra excluir ela de nada, era para ela participar de tudo normalmente. Proibiram de fazer calourada e trote por conta dela”, contou.

A matéria diz ainda que, antes do caso se tornar público na instituição, os nomes dos aprovados eram divulgados em listas. Porém, na época em que B. ingressou na faculdade, os alunos só souberam de suas aprovações por meio de um grupo no WhatsApp criado para atividades de mentoria. 

De acordo com a publicação, foi nesse instante que um aluno do mesmo curso de medicina reconheceu o nome da jovem e contou aos demais estudantes sobre a acusação de homicídio que havia contra ela. A história logo chegou aos pais dos alunos, que solicitaram medidas à direção da instituição.

Com isso, a faculdade desligou B. após perceber “instabilidade no ambiente acadêmico”. Em nota, a instituição disse que tomou conhecimento do caso a partir de uma denúncia feita no comitê de compliance e afirmou que a decisão foi tomada com base no Regimento Interno da Instituição e no Código de Ética do Estudante de Medicina e assegurando a ela a apresentação de recurso, em atendimento aos princípios do contraditório e ampla defesa”.

A veterana afirmou que B. era instável e afirmou que a expulsou e deixou os demais estudantes aliviados. “Ela [a autora dos disparos] é uma pessoa instável. Se ela fez isso com uma pessoa que era amiga dela, o que ela não pode fazer com uma pessoa desconhecida?”, perguntou. 

“Nunca vi tanta gente suspirando aliviada e comemorando a mesma coisa. Foi um momento de alívio, porque você fica preocupado e inseguro. Todo mundo estava com medo”, finalizou. 
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