O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) saiu em defesa do presidente Lula (PT) após o chefe do Palácio do Planalto fazer críticas à ofensiva cometida pelo exército de Israel contra a população palestina na Faixa de Gaza que, segundo o chefe do Executivo, trata-se de um “genocídio cometido contra civis”. 

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Em entrevista durante viagem oficial à Etiópia neste domingo (18), o presidente criticou países desenvolvidos por reduzirem ou cortarem a ajuda humanitária na região e disse que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

"Não é uma guerra entre soldados e soldados. É uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças", disse Lula.

Em entrevista ao Olhar Direto, Lúdio Cabral saiu em defesa do presidente da Republica e avaliou a fala do mandatário como necessária diante da “genocídio produzido pelo governo de extrema direita de Israel”.

“Talvez tenha sido a liderança mais importante a colocar o dedo na ferida a respeito do que está acontecendo na Palestina. O que acontece em Gaza é um genocídio produzido pelo governo de extrema direita de Israel”, avaliou Cabral, em fala à reportagem. 

Segundo ele, embora a comparação do governo de Israel com Hitler seja uma comparação forte, era importante um posicionamento desta magnitude. 

“É uma questão que precisa de um posicionamento sério de todas as organizações multilaterais do planeta. Não dá para que o genocídio prossiga com o silêncio dessas instituições ou com o silêncio daqueles que têm poder para que aconteça um cessar-fogo”, disse. “Milhares de pessoas inocentes, crianças, gestantes, idosos, civis, inocentes, estão sendo mortos e feridos covardemente pelo governo de extrema-direita de Israel”, completou.

Nesta segunda-feira (19), a agência de notícias Reuters disse que os Estados Unidos devem propor nesta terça-feira (20) um cessar fogo na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. A proposta, caso se concretize, será uma iniciativa inédita do governo americano. A aprovação depende de votação no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.