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Deputados cobram explicações da Rumo por mudanças e dizem que obras podem ser paralisadas se não houver consenso

26 Fev 2024 - 18:02

Da Redação - Rodrigo Costa / Do Local - Rafael Machado

Foto: Rafael Machado/Olhar Direto

Deputados cobram explicações da Rumo por mudanças e dizem que obras podem ser paralisadas se não houver consenso
Deputados estaduais da região de Rondonópolis participaram, nesta segunda-feira (26), de uma audiência na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) com diretores da empresa Rumo Logística, responsável pela construção de uma ferrovia na cidade. O encontro, mediado pelo presidente Eduardo Botelho (UNIÃO), foi convocado após a empresa realizar mudanças no traçado original da ferrovia, fazendo com que os trilhos cortassem bairros da região do Salmen, principalmente Maria Amélia e Rosa Bororo.


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O projeto inicial não previa a rodovia dentro do município. A primeira autorização do traçado, concedida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), previa as linhas férreas entre 1 e 2 km do perímetro urbano de Rondonópolis. Contudo, a própria Sema, a pedido da empresa, autorizou que o traçado fosse construído em dois bairros.

Diante disso, a Assembleia Legislativa publicou, em 16 de junho, um Decreto Legislativo de n.° 74/2024 que susta os efeitos da Licença de Instalação de n.° 7.612/2023 emitida pelo órgão ambiental. O decreto foi posteriormente derrubado pela Justiça.  

Em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (26), o deputado Thiago Silva (MDB) afirmou que, caso siga adiante, a mudança pode trazer impactos significativos para a população que vive na nova área projetada pela Rumo para construção da ferrovia. 

“Essa mudança vai causar impactos ambientais, impactos sociais, impactos econômicos, empreendimentos que iriam se instalar ali na região do bairro Maria Amélia não vão se instalar mais”, disse o parlamentar. 

Ele apontou ainda que não houve discussão com a Assembleia, a Câmara Municipal da Cidade e completou afirmando que a cobrança serve também para Cuiabá, outro município que está previsto receber os trilhos de ferrovia. 

“Essa cobrança não serve só para Rondonópolis mas serve para todo estado de Mato Grosso. Não houve um debate, a alteração foi feita de forma unilateral, sem consultar a população e sem consultar os deputados, que são os legítimos representantes do município”, acrescentou. 

Durante a audiência, o deputado Nininho foi mais incisivo em sua fala com os diretores da Rumo. Ele disse que se não houver um consenso, a ferrovia pode não prosseguir em Rondonópolis, pediu que a Assembleia continue na vigilância das obras e apontou que esse traçado vai levar um “transtorno imensurável” para a cidade. 


“E da mesma forma que nós fomos aqui, tivemos dispostos e aprovamos aqui esse projeto autorizando essa expansão e criando essa ferrovia estadual, eu quero ter certeza da minha parte que nós vamos brigar para defender o interesse da nossa cidade”, disse. 

“Nós vamos continuar contando com o apoio da Casa para poder defender o que é correto, o que é certo. E o que foi feito lá não é certo. Se não tiver o entendimento, se não tiver desprendimento, um meio termo, do que é menos ruim para todos, que poderá ocorrer, eu acredito que todos aqui estão dispostos [a  um entendimento]. Agora [querer enfiar] goela abaixo e do jeito que está, lá não vai passar lá em Rondonópolis. Pode ter certeza que vai ter dificuldade e vamos aguardar o desdobramento para frente”, disparou Nininho. 

O deputado Claudio Ferreira (PL) chamou atenção para o fato de que o bairro Maria Amélia, onde a empresa pretende passar com a ferrovia, necessita de um respaldo maior por se tratar de uma comunidade extremamente vulnerável, segundo o parlamentar. 

Em sua fala, a empresa precisa fazer esclarecimentos. “Nós entendemos que as coisas não foram bem encaminhadas, porque o traçado era um e na hora de executar, o traçado é um outro completamente diferente. Então nós precisamos esclarecer isso aqui para que não tenha danos nem mesmo a Rumo e nem tampouco a sociedade, que precisa de uma resposta”. 

“Nós queremos encontrar uma conciliação para que a gente mitigue os problemas e encontre uma solução plausível e sustentável para todo mundo, tanto para o município, quanto para a Rumo, que é muito importante que ela continue investindo em Mato Grosso”, finalizou. 
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