A Corregedoria-Geral do Corpo de Bombeiros confirmou que o coronel Dércio Santos da Silva será o encarregado do inquérito policial militar (IPM), que investiga a morte do aluno soldado da corporação, Lucas Veloso Peres, 27 anos. O militar morreu por conta de um afogamento durante um treinamento realizado por instrutores da corporação, na terça-feira (27).
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Depois de receber os autos, o oficial confeccionará e enviará um ofício solicitando informações sobre a dinâmica dos fatos objeto de investigação.
Enquanto aguarda a resposta do ofício, o encarregado notificará duas testemunhas do fato, para serem ouvidas. Antes de realizar as oitivas, o encarregado deverá realizar diligências, como por exemplo solicitar imagens das câmeras de segurança e o mapa de viaturas do dia em que ocorreu o delito, além de outras ações.
Na sequência, o coronel fará a nomeação de um escrivão. Na sequência, será feito um despacho ordinatório ao agente escolhido para determinações a serem cumpridas. Logo depois, o oficial investigado será ouvido e na sequência as testemunhas.
Caso ache necessário, o coronel Dércio poderá realizar acareações, solicitar exames (corpo delito, perícias, grafotécnico), avaliação e identificação da coisa objeto do delito.
O oficial terá 40 dias para concluir a investigação, pois, trata-se de investigado solto, que podem ser prorrogados por mais 20 dias.
Caso ele pleiteie pela prorrogação, terá que solicitar antes do vencimento, a qual, via de regra, costuma ser concedida pelo magistrado, ouvido o Ministério Público (MPE). Contam-se os dias para a conclusão do inquérito a partir de sua instauração.
A morte
Segundo as informações apuradas, veloso estava realizando um procedimento de resgate. Ele já havia feito alguns treinamentos na lagoa.
Durante a aula, realizada na manhã de terça-feira, o aluno pegou um "flutuador" e foi questionado se tinha condições de finalizar a atividade.
Em certo momento, Veloso acabou afundando na água e foi resgatado. Foi apontado que pouco antes de se afogar, o jovem teria reclamado que sentia falta de ar. O militar foi levado para uma unidade médica e diversas manobras de reanimação foram realizadas, porém sem sucesso.
Alunos do curso de formação de soldados do Corpo de Bombeiros discutiram a morte de Lucas em um grupo do Whatsapp e um deles sugeriu que a vítima levou um "caldo", quando a cabeça é afundada na água para testar resistência. Outros alunos chegaram a afirmar que viram parte da ação, mas só irão falar sobre o caso na Justiça.