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Sábado, 27 de abril de 2024

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"negligência estrutural"

Alunos denunciam risco de incêndio, escorpiões e aranhas na casa do estudante da UFMT

Foto: Reprodução

Alunos denunciam risco de incêndio, escorpiões e aranhas na casa do estudante da UFMT
Alunos que residem na Casa dos Estudantes do Campus de Cuiabá da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) fizeram um protesto nesta quinta-feira (29) denunciando as precárias condições de infraestrutura do local. Eles relatam que correm risco de vida devido à negligência estrutural.


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Entre os vários problemas, citam as instalações elétricas e sanitárias em estado deplorável, “representando uma ameaça constante à segurança e até à vida dos moradores”. A denúncia apresenta relatos de curtos-circuitos, queima constante de equipamentos elétricos, início de incêndio em chuveiros, além de constantes infestações de baratas e escorpiões.

Segundo relato do estudante Luís Henrique, presidente do Conselho de Moradia, há vários protocolos em aberto no sistema eletrônico da faculdade alertando sobre risco de incêndio. Ele afirma ainda que as denúncias são feitas há cerca de 3 anos, mas nenhuma medida foi tomada em relação aos casos.

De acordo com o jovem, a universidade tem se recusado a conversar oficialmente pelo Conselho de Moradia, violando o próprio regimento da instituição. “Eles ignoram [os problemas]. O risco de incêndio é na casa como um todo. Não tem nenhuma saída de incêndio e só tem uma porta de entrada e saída”, conta. 

Na avaliação de Luis,  a UFMT não pode negar acesso ao direito institucional da casa que de poder promover um debate público franco sobre o caso. 

Outro agravante denunciado pelo jovem à reportagem é que, segundo ele, a Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Prae) teria segurado por quase um ano a instalação de ar-condicionado para que esta fosse feita próximo ao período de campanha.

“Os aparelhos ficaram um ano guardados nas dispensas da universidade, sem serem direcionados aos moradores”, afirmou Luiz Henrique. 

A Prae é responsável pela formulação, implementação, gestão e acompanhamento de políticas institucionais no âmbito da assistência estudantil e de ações afirmativas que objetivam favorecer o acesso e a permanência dos estudantes na universidade, de modo a contribuir com o desempenho acadêmico e o alcance de diplomação como fator de êxito na formação universitária.

No entanto, o estudante afirma que a Pró-reitoria não tem garantido a assistência aos estudantes. Pelo contrário. Diz que a assistência estudantil se voltou contra os próprios estudantes e começou a ter um tratamento completamente agressivo, negligenciado e deu início a vários atos administrativos unilaterais, não respeitando o regimento. 


Luiz Henrique conta ainda que um dos funcionários da Prae em visita a Casa dos Estudantes chegou a perguntar para um técnico se a queima dos aparelhos não era responsabilidade dos moradores por mau uso dos equipamentos. Ela afirmou que o servidor da Prae sabia dos riscos, mas ainda assim debochou da situação. 

“Na hora que eu falei que a gente corria risco de vida de pegar folga a casa, enquanto ele escutava, ele ficou fazendo riso de canto de boca sobre a situação em deboche. A gente, francamente, correndo risco de vida, um funcionário da Prae, depois que a gente fez denúncia teve aquela atitude conosco. Então, você imagina, se um funcionário que é da praia tá rindo da gente porque a gente pode morrer queimado…”, desabafou. 

Nota de repúdio

Segundo a nota de repúdio assinada pelos moradores da casa dos estudantes, a universidade tem promovido recorrentes ameaças de expulsão dos alunos com o intuito de provocar um abandono forçado dos estudantes mais vulneráveis. O motivo, diz, é o acolhimento de outros discentes em situação de vulnerabilidade. 

A manifestação classifica a prática como desumana de ameaçar expulsar os moradores que demonstram solidariedade ao oferecer auxílio aos demais colegas em situação de vulnerabilidade, bem como a falta de suporte adequado para aqueles que enfrentam dificuldades financeiras, familiares ou de saúde.

“É um ato de crueldade inaceitável. Essa política de intimidação e abandono forçado é uma afronta à dignidade humana e aos princípios mais básicos de justiça social”, diz

“Exigimos, de forma enérgica e irrevogável, que a administração da Universidade Federal do Mato Grosso tome medidas imediatas e efetivas para corrigir essas injustiças e garantir que possamos viver e estudar em um ambiente seguro, digno e acolhedor. Chega de sermos tratados como cidadãos de segunda classe em nossa própria casa e universidade!”, finaliza a nota. 

Os estudantes protocolaram uma denúncia junto ao Ministério Público Federal (MPF) solicitando a apuração das denúncias. O Olhar Direto encaminhou questionamentos acerca das denúncias à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), à Prae e ao gabinete da reitoria da universidade. No entanto, não obtivemos retorno até o momento.

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