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Sábado, 27 de abril de 2024

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Operação mira associação criminosa que furtou cargas de soja avaliadas em R$ 180 mil

Foto: Reprodução

Operação mira associação criminosa que furtou cargas de soja avaliadas em R$ 180 mil
A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) deflagrou na manhã desta sexta-feira (1) a Operação Sétimo Mandamento, para cumprir 10 mandados de busca e apreensão contra investigados que se associaram criminosamente para atuar no furto de cargas de soja, em Campos de Júlio (566 km de Cuiabá).


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As ordens judiciais incluem ainda o afastamento de sigilo de dados. Mandados foram cumpridos nas cidades de Campos de Júlio, Diamantino, Campo Novo do Parecis e Nova Lacerda. Os mandados foram deferidos pelo juízo da Comarca de Comodoro.

A investigação da GCCO identificou o envolvimento de nove pessoas no furto de duas cargas de soja, avaliadas em R$ 180 mil, após esquema montado pelos investigados para furtar o produto da filial de uma empresa comercializadora de grãos, em Campos de Júlio. Os suspeitos são investigados por associação criminosa e furto qualificado.

Esquema criminoso

Os furtos das cargas foram descobertos após auditoria da matriz da empresa, sediada em Curitiba (PR). Foi apurado que houve a entrada e saída de dois caminhões nos dias 19 e 21 de maio do ano passado. Os veículos entraram vazios e saíram carregados, passando pela embarque e depois pela balança da empresa sem apresentar a ordem de carregamento e outros documentos obrigatórios.

Houve identificação dos funcionários que estavam trabalhando nos dias em que foram realizados os embarques. Ambos atuavam na função de balanceiros e admitiram à auditoria da empresa que atuaram nos furtos.

Conforme a investigação, o esquema envolveu trabalhadores de duas empresas. A filial em Campos de Júlio efetuou uma venda de soja para uma empresa embarcadora que, no momento do embarque precisa aferir o percentual de qualidade do grão, que é feita por um laboratório terceirizado que presta o serviço no ponto de embarque da empresa vendedora do produto.

Um encarregado e três classificadores do laboratório foram identificados como envolvidos no esquema. O encarregado era o responsável em posicionar os classificadores no ponto de embarque e os classificadores atuavam no aliciamento de funcionários da empresa e condução da ação criminosa.

Um dos balanceiros disse que ter sido coagido pelo suspeito que liderou o esquema para que participasse da ação e receberia R$ 50 mil, valor combinado que não chegou a ser pago. A proposta consistia em que o balanceiro deixasse entrar um caminhão vazio e sair carregado com soja.

Um segundo balanceiro relatou em depoimento que foi procurado pelo responsável por aliciar os funcionários, que se aproveitou do fato de sua mãe estar doente e fez uma proposta de R$ 50 mil para participação na ação criminosa. Esse investigado foi apontado como uma pessoa temida na região da fronteira, atuando também com comércio de armas de fogo.

O caminhão usado no furto da carga pertence a uma empresa de transportes, que tem como sócia a esposa de um dos investigados pela Polícia Civil na Operação Grãos de Areia, deflagrada em 2021 contra uma associação criminosa que furtou e desviou cargas de soja que iam para o terminal ferroviário no sul do estado.

O balanceiro que aceitou participar do esquema recebeu os pagamentos em quatro transferências bancárias identificadas no decorrer da apuração da GCCO que chegou às informações tanto das contas de onde saiu o dinheiro quanto as contas recebedoras.

A investigação revelou que ainda a utilização de empresas e contas bancárias de pessoas físicas para as transações ilícitas entre os integrantes do grupo criminoso.

 
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