Os pais do aluno soldado do Corpo de Bombeiros, Lucas Veloso Peres, 27 anos, foram ao Palácio Paiaguás requisitar uma agenda com o governador Mauro Mendes (União) para pedir uma posição sobre a morte ocorrida no dia 27 de fevereiro. Os familiares querem que os treinamentos do curso de formação da corporação sejam gravados, mas garantem: “eu queria mesmo era ter a vida do meu filho de volta”.
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“Nós estamos querendo saber a posição do governador. Nós estamos procurando todos os órgãos, a gente quer envolver todos os órgãos para que possa fazer uma apuração correta, que não haja corporativismo”, disse o pai do aluno, Cleuvimar Peres.
Antes da agenda no Executivo, Cleuvimar, acompanhado de sua esposa, Maria do Carmo Veloso Perez, estiveram no gabinete do deputado Júlio Campos (União), que deve atender ao pedido e apresentar nas próximas semanas projeto sobre gravação do curso. O encontro com o governador, no entanto, não ocorreu, pois o chefe do Executivo está em Brasília.
“O que eu sei foi só de ‘ouvi dizer’. Então, eu não vou colocar a minha posição aqui até para não atrapalhar as investigações. A história é a mesma: todos os alunos contam a mesma história. Eu só não vou comentar o que eles contaram para não atrapalhar as investigações”, afirmou o pai do militar.
A investigação da morte de Veloso está sendo tocada pelo coronel Dércio Santos da Silva, que é o presidente do inquérito policial militar (IPM) e o tenente coronel Heitor Luz, que foi nomeado escrivão.
“É a terceira vez que isso acontece, 2010 também aconteceu da mesma forma. E nos dois casos anteriores houve prescrição. O que eu queria mesmo era a vida do meu filho, mas não vamos ter. A nossa briga é para que se evite que uma futura família passe por esse desespero, nesse sofrimento que nós estamos. A gente quer que mude o estilo de treinamento para não acontecer esse tipo de coisa. Isso é inadmissível”, comentou.
