Seis alvos da Operação Doce Amargo III são investigados desde a segunda fase da ação policial, deflagrada em 2023. A reincidência dos envolvidos na nova etapa, que cumpriu mandados judiciais na terça-feira (5), principalmente na região metropolitana de Cuiabá, se dá pela continuidade das práticas criminosas, segundo os autos do inquérito policial.
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Os suspeitos são: Arthur Galio de Oliveira, Jorclei da Silva Cabral Júnior, Patrícia Toniazzo, Fabiano Antonio Alves Saffe de Moraes Junior, Renata Laila Silva e Felipe Matheus Celestino Silva Ayres.
A identificação dos outros alvos da Operação Doce Amargo III, ocorreu após a quebra de sigilo telefônico dos alvos Arthur, Jorclei, Patrícia e Fabiano. Ao todo, foram 43 pessoas presas por envolvimento com o tráfico de drogas.
Arthur, também conhecido pelos apelidos de “Atú” e “Pedrella”, foi apontado como o líder da organização criminosa. Ele mantinha conversas pelo Whatsapp com diversos dos alvos, sempre negociando, principalmente, os rateios, entregas e cooptando membros. O suspeito já responde pela ação penal no âmbito da segunda fase da Doce Amargo, pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, e estava cumprindo algumas medidas cautelares.
“É de ressaltar que os elementos trazidos a lume pela autoridade policial como fundamento aos pedidos formulados, foram embasados na análise da quebra do sigilo de dados dos aparelhos celulares de Arthur Gallio de Oliveira, Jorclei da Silva Cabral Junior, Patrícia Toniazzo e Fabiano Antonio Alves Saffe de Moraes Junior, deferidas na medida cautelar, objeto dos Relatórios de Investigação colacionados aos autos, pelos quais foi possível identificar que os investigados, em tese, atuam associados de maneira estável e permanente, para o tráfico de drogas, combinando rateios para a compra dos entorpecentes, os preços e a entrega por delivery aos usuários”, diz trecho da decisão do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo).
A segunda fase da Operação Doce Amargo foi referente às práticas do tráfico durante o ano de 2022, com oito investigados. No entanto, ficou evidenciado indícios de novas práticas delitivas e conexões com outros indivíduos no tráfico de drogas, desta vez no ano de 2023.
“Por essas razões, acrescida de que duas operações anteriores envolvendo alguns mesmos alvos, não foram suficientes para conter o ímpeto criminoso, ao contrário, possibilitou não apenas a continuidade do tráfico, mas a ampliação da associação criminosa (novos integrantes, novas drogas etc), por certo que a continuidade delitiva do grupo não será contida com medidas cautelares diversas da prisão”, aponta trecho da decisão.
Operação
A terceira fase da Operação Doce Amargo, deflagrada na manhã desta terça-feira (5), cumpriu mandados judiciais contra traficantes de drogas sintéticas que atuam na região metropolitana de Cuiabá. Ao todo, foram 151 ordens judiciais, sendo 43 de prisão preventiva, 54 de buscas e apreensões e mais 54 para bloqueios de contas.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, após representação por medidas cautelares elaborada pelos delegados da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), com base nas investigações realizadas pelas equipes policiais da especializada.
Segundo o delegado Gutemberg Lucena, a operação dá sequência às investigações no âmbito da Doce Amargo, incluindo alguns mesmos alvos das outras fases.
De acordo com os delegados da DRE, os alvos, em sua maioria, são jovens de classe média alta, incluindo até mesmo estudante de medicina.
Uma modalidade comum no tráfico de drogas sintéticas é o rateio para compra em maior quantidade dos entorpecentes. Devido ao valor alto, os criminosos seguem com a distribuição entre outros pequenos traficantes, que comercializam as drogas em festas ou por meio do delivery para entregas.
