Com as obras do BRT (Bus Rapid Transit) na região da avenida Historiador Rubens de Mendonça, também conhecida como avenida do CPA, o posto da Petrobras, Amazônia 02, deverá ser fechado, pois está localizado no canteiro central, local por onde passará a faixa rápida do novo modal. À época das obras do VLT, o empreendimento já corria riscos de ser interditado e demolido para o andamento das construções.
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Juiz mantém reintegração ao Estado de posto no canteiro da Avenida do CPA
O governador Mauro Mendes (União) falou sobre a medida na última segunda-feira (4), durante coletiva de imprensa no Palácio Paiaguás. Segundo o gestor, o interesso do Estado está acima do interesse privado. Ele também aponta que as obras na capital seguem em andamento normal.
“Tudo isso tem um projeto e o governo vai seguir o projeto. Se tem alguma obstrução, alguma desapropriação, a lei brasileira é muito clara, você desapropria, paga e toma posse. É simples assim. Isso vale para um posto, vale para uma esquina, vale para uma casa. O interesse público, ele tem que sobrepor a qualquer interesse privado ou individual”, disse.
À época das obras do VLT, em 2013, o Estado havia entrado com uma ação de desapropriação para a construção dos trilhos do modal. Com decisão favorável, o Governo deveria desembolsar R$ 1.070.010,91 para prosseguir com a demolição do local.
Ainda não há informações se o Estado deverá entrar com uma nova ação para autorizar a demolição ou se dará continuidade à esta decisão.
Vagões do VLT
Na segunda-feira, Mauro Mendes também falou um pouco sobre a negociação com o Governo do Estado da Bahia para a compra dos vagões descartados do VLT, visto que o modal será substituído pelo BRT.
“A negociação está acontecendo, liderada pelo TCU, foi criada pelo ministro Bruno Dantas, para colaborar uma intermediação que está sendo feita com o interessado que apareceu, que é o governo da Bahia, mas nós não somos vendedores de trem. Nós estamos participando, o governo do Estado de Mato Grosso entrou na Justiça contra a empresa para receber o dinheiro de volta, entretanto se encontrarmos uma solução negociada entre quem está participando, Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, Tribunal de Contas da União, membros do Governo do Estado representados pelo secretário Rogério Gallo e pelo Governo da Bahia, melhor, porque nós não vamos ficar aí 15, 20, 30 anos brigando na Justiça”, disse Mendes.
“Não é pouco comum ter ações, principalmente de grande vulto, que demora décadas na justiça brasileira. Se encontrarmos uma solução negociada, melhor para todo mundo. Se não, vida que segue, ação que segue”, complementou.