Poucas horas após assinar o decreto determinando a obrigatoriedade da gravação de  todos os treinamentos dos órgãos de Segurança Pública em Mato Grosso, o governador Mauro Mendes (UNIÃO) comentou sobre a medida, que leva o nome do soldado do Corpo de Bombeiros Lucas Veloso Peres, 27, que morreu durante um treinamento da corporação na Lagoa Trevisan, em Cuiabá, há cerca de duas semanas. 

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Cleovimar, que é pai de Lucas, foi recebido junto de familiares do rapaz pelo governador, no Palácio Paiaguás, na manhã desta sexta-feira (15). Após assinar a medida, o governador concedeu uma entrevista coletiva, cobrou rigor nas investigações e disse que ficou comovido com a morte do jovem soldado. 

“Eu sou pai, tenho três filhos, é uma dor inimaginável. Eu vi nos olhos do pai, da mãe, do irmão, da namorada, uma tristeza profunda. Uma resignação assim de quem sofre sem nenhum tipo de outra intenção. Eles estão aqui em memória do filho deles e nós precisamos homenageá-lo”, comentou o governador. 

De acordo com o chefe do Executivo, a sugestão da normativa partiu dos familiares do jovem soldado. “A dor deles era tão grande, demonstrando assim uma capacidade gigantesca de preocupar que outras vidas não fossem ceifadas com a mesma causa que ceifou a do filho deles”. 

“Então nós determinamos, através de um decreto, que todo o treinamento das forças de militar, todas elas, que envolva qualquer tipo de risco na execução desse treinamento, seja filmado para que nenhum possível equívoco ou excesso possa novamente ser cometido aqui no estado de Mato Grosso”, afirmou o governador. 

Recentemente, alguns deputados estaduais sugeriram um projeto de lei obrigando que os treinamentos de policiais militares e bombeiros fossem gravados. 

Mauro Mendes, por sua vez, destacou que o decreto atinge os objetivos porque a normatização da atividade do serviço administrativo do governo pode ser feita por decreto. Mas ponderou que se for feito uma lei, ela será bem-vinda. “Reforça ainda mais a importância de tomar essas cautelas para que novos equívocos não sejam cometidos”.