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ASSASSINATO DE MARIELLE

Edna condena deputados que votaram por libertar Brazão e acusa Bolsonaro de impedir investigações

11 Abr 2024 - 15:49

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Rafael Machado

Foto: Assessoria/Câmara de Cuiabá

Edna condena deputados que votaram por libertar Brazão e acusa Bolsonaro de impedir investigações
A vereadora Edna Sampaio (PT) engrossou o coro das críticas aos cinco deputados federais bolsonaristas que votaram por libertar Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), preso preventivamente suspeito de mandar matar Marielle Franco, em 2018. A petista afirmou que usar a imunidade parlamentar para defender a soltura do deputado é inaceitável e que a identificação dos possíveis mandantes demorou seis anos por conta da atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).


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A manutenção da prisão de Brazão foi aprovada nesta quarta-feira (10), por 277 a 129, com 28 abstenções. De Mato Grosso, seguiram a orientação de seus partidos a "tropa" do PL – Abílio Júnior, Amália Barros, Coronel Fernanda e José Medeiros -, além de Coronel Assis (União). Os deputados Emanuelzinho (MDB), Gisela Simona (União) e Juarez Costa (MDB) votaram com a maioria.

Para justificar os votos, os bolsonaristas alegam que não houve flagrante, o crime (obstrução de Justiça) não é inafiançável e o Supremo Tribunal Federal (STF) ignorou as prerrogativas do Congresso ao fazer a prisão.

Argumentos refutados por Edna. “Lamentável que a bancada de Mato Grosso tenha votado para liberar um miliciano, mandante do assassinato da vereadora Marielle, sob a alegação de imunidade parlamentar, de que um deputado pode ser cassado a qualquer momento se liberar, não é verdade”.

“Querer usar imunidade parlamentar para acobertar um criminoso e seus crimes, que não é qualquer crime, é o assassinato de um agente público eleito, um crime que envolve a organização criminosa, que quer destruir o estado, é inaceitável”, acrescentou.

Edna ainda ressaltou que a própria Polícia Federal apontou a atuação de agentes para atrapalhar as investigações. A petista foi além e citou Bolsonaro como um dos responsáveis pela demora.

“A condição para prisão preventiva é a capacidade que uma pessoa tem de intervir nas investigações. Estamos falando de um deputado federal que é chefe de milícia no Rio de Janeiro, seu irmão é conselheiro do Tribunal de Contas, gente muito poderosa, que conseguiu interferir nas investigações”, disse.

“Demorou seis anos para descobrir quais eram os verdadeiros mandantes do assassinato, pois durante o governo Bolsonaro a investigação foi impedida, houve troca dos delegados, a PF estava nas mãos de Bolsonaro, impedida de investigar o caso. Só foi investigado, pois o governo mudou e a PF foi tratada de forma respeitosa”, completou.

Por fim, a vereadora disse esperar que o voto pela liberdade de Brazão traga consequência nas urnas, em 2026, quando os deputados poderão buscar reeleição.

“Espero que reflita nas eleições para deputados federais de 2026, que as pessoas pensem melhor na hora de votar. Não votar na modinha, mas em quem realmente defende nossos interesses. Não em quem vai lá defender pátria, família e religião, mas age contra Deus – pois não matar é o primeiro mandamento – e família – pois Marielle tem uma família que foi destroçada. Se não é minha família pode acontecer?”, pontuou.
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