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Sábado, 18 de maio de 2024

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MT já viveu enchente trágica que deixou 5 mil pessoas desabrigadas em 74; relembre e veja fotos

Foto: Reprodução

MT já viveu enchente trágica que deixou 5 mil pessoas desabrigadas em 74; relembre e veja fotos
O estado do Rio Grande Sul é atingido por fortes temporais desde a última semana, conforme noticiado por portais pelo país todo. A tragédia já causou mais de 37 mortes e 351,6 mil pessoas foram atingidas pelas chuvas. Quando lembramos de tragédias assim, não tem como falar do caso de 1974, a maior enchente registrada em Cuiabá, quando o Rio da cidade atingiu 10,87 metros.

 
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A tragédia completou 50 anos no dia 18 de março deste ano. À época, 24 mil pessoas ficaram desabrigadas após a água invadir residências. O tamanho da destruição foi tão grande que chegou a inundar alguns bairros ribeirinhos, que desapareceram. Alguns deles foram o tradicional bairro Terceiro, o Barcelos e o Várzea Ana Poupino.
 
Terceiro foi um bairro centenário que surgiu às margens do Rio Cuiabá, na região atual da Avenida Beira Rio, local em que se encontram nos dias de hoje universidades, casas noturnas, condomínios residenciais e diversos estabelecimentos comercias. 
 
“Metade dos que moravam lá eram cuiabanos e metade eram pessoas descendentes dos que vieram para Cuiabá com a Guerra do Paraguai, muitos eram de Corumbá, soldados de lá que vieram para cá e ficaram ali naquele pedaço”, relembrou Eliene Araújo, ex-moradora do bairro.
 
Dona Liene conta que os moradores do bairro eram uma grande irmandade e que naquela época todos se conheciam. As memórias carinhosas que ela compartilha daquela época constroem no imaginário um ambiente feliz e cheio de vida e cumplicidade, um sentimento de amor pela terra e suas raízes.
 
A enchente de 74 também mudou a estrutura urbana de Cuiabá. Antes dela, quando a água vinha, os cuiabanos migravam para longe das margens do rio para escapar das águas, mas logo retornavam para suas casas quando o nível do rio voltava a normalidade. No mesmo ano, Exército, Polícia Militar e o antigo DOPS (Polícia Civil da época) impediram os moradores de retornarem aos lares, transformando a geografia de povoamento da cidade.

O governador da época, José Fontanillas Fragelli decretou estado de calamidade pública na região banhada pelo Rio Cuiabá. O governo auxiliou na remoção das famílias desabrigadas.
 
Além da tempestade de 1974, Cuiabá enfrentou outras enchentes nos anos de 1942, 1995 e 2002, mas a dos anos 80 é considerada a mais intensa.

Tragédia no RS

Segundo a última atualização da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, são 235 municípios afetados e 351,6 mil pessoas atingidas pelas chuvas. Mais de 23,5 mil pessoas estão desalojadas, 7,9 mil estão em abrigos, 74 estão feridos e outros 74 estão desaparecidos. São 37 óbitos contabilizados em 22 cidades.
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