Preso com 35 gramas de maconha, Manoel Maria Albernaz, 28 anos, o DJ Manolo, disse em depoimento aos policiais civis que tinha a quantidade excessiva de entorpecente por “fumar muito”. Na oitiva realizada após a sua prisão, ele assumiu que é usuário e que tinha uma balança de precisão digital para “não tomar balão dos traficantes”.
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Na linguagem do investigado, “balão” significa que ele não queria ser enganado pelos criminosos. Ou seja, pagar por uma quantidade e receber um valor menor.
No entanto, policiais da Delegacia de Repressão ao Entorpecente (DRE) acreditam que ele praticava o “tráfico formiguinha”. A alternativa criminosa consiste em não mobilizar grandes quantidades de entorpecente e se entranha na rotina da população para se tornar quase invisível às ações policiais.
Contra Manolo, a Justiça expediu um mandado de busca e apreensão e, durante o cumprimento da ordem judicial, os agentes localizaram o entorpecente e a balança. O suspeito, que também é produtor de eventos, foi preso em flagrante. Ele alegou ser usuário.
Aos policiais, ele explicou ser usuário e que não comercializa entorpecentes. “Explicou que, pelo fato de fumar muito, tinha uma quantidade expressiva em depósito”, relatou no depoimento.
Manolo detalhou aos policiais que se a quantidade que foi apreendida estiver prensada é pequena, sendo que ele relatou que consome o que foi apreendido em duas semanas, visto que fuma cinco vezes ao dia.
“Em relação à balança de precisão encontrada em sua residência, o interrogado justifica que esta foi adquirida para pesar a droga comprada, para não tomar ‘balão’ de traficantes e que também era usada para pesar comida. Que usuário de entorpecente há 10 anos”, completou.
Em relação sobre a investigação, Manolo não quis responder à equipe investigativa. Atualmente, ele está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), localizada no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá.
