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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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revendo mau exemplo

Após críticas, Senado admite recuar em transferência de servidores para redutos eleitorais

A Mesa Diretora do Senado deve recuar da medida, aprovada na semana passada, que permite aos líderes partidários e aos integrantes da própria Mesa transferir três assessores de seus gabinetes para os escritórios políticos que mantém nos Estados.

A Mesa Diretora do Senado deve recuar da medida, aprovada na semana passada, que permite aos líderes partidários e aos integrantes da própria Mesa transferir três assessores de seus gabinetes para os escritórios políticos que mantém nos Estados.


Com a reação de líderes partidários contrários à medida, o presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP), disse nesta terça-feira por meio de assessores que vai levar a decisão para ser rediscutida na Mesa.

Ontem, Sarney afirmou que não recuaria da decisão uma vez que ela foi tomada pela cúpula da Casa --e não por ele individualmente.

Segundo o presidente do Senado, somente a Mesa como um todo pode voltar atrás na decisão. A Mesa deve voltar se reunir nesta quinta-feira, como ocorre semanalmente.

Na semana passada, a Mesa Diretora do Senado decidiu que os líderes partidários e integrantes da cúpula da Casa poderão deslocar até três servidores de seus gabinetes para os escritórios regionais que mantêm nos Estados. A decisão, segundo integrantes da Mesa, foi tomada a pedido dos líderes.

Os senadores Aloizio Mercadante (PT-SP), José Agripino Maia (DEM-RN) e Arthur Virgílio (PSDB-AM), porém, foram a público desmentir que tivessem feito qualquer solicitação para que tivessem direito a deslocar três funcionários de seus gabinetes para os escritórios regionais.

Os senadores Osmar Dias (PDT-PR) e Raimundo Colombo (DEM-SC), que inicialmente apoiaram a medida, também decidiram retirar as assinaturas da proposta aprovada pela Mesa. Os dois parlamentares decidiram recuar ao perceberem que a medida não foi unanimidade entre os líderes partidários.

"O que eu assinei foi um requerimento para permitir que servidores da liderança pudessem atender líderes nos Estados. Não sendo unanimidade, eu não mantenho o apoio", afirmou Dias à Folha Online.

Reação

Irritado com o recuo dos parlamentares, Sarney disse nesta segunda-feira que os três líderes que não avalizaram a medida reagiram porque já possuem assessores de seus gabinetes nos Estados.

"Me disse o senador Antonio Carlos Valadares [PSB-SE], que comandou essa solicitação, que não pediu [as assinaturas] de três líderes porque eles não tinham os problemas que eles têm, isto é, funcionários já trabalhando no Estado. Muitos deles muito mais de três. Nós limitamos em três", afirmou.

Segundo o presidente do Senado, a Mesa agiu a pedido dos líderes partidários. "Essa decisão foi tomara pela Mesa. Todos os senadores hoje têm nos seus Estados funcionários seus de gabinete, e os líderes tinham. A decisão foi apenas a pedido deles para manter os funcionários que já tinham nos seus gabinetes. Fizemos restrições de três funcionários, embora tenhamos a convicção de que o fizemos por uma solicitação que foi feita pelos líderes", afirmou.
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