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Quarta-feira, 14 de agosto de 2024

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NÃO FOI ALVO

Investigação aponta que presidente da Fundação Nova Chance participou de esquema de transferência presos no antigo Carumbé

Foto: Reprodução

Investigação aponta que presidente da Fundação Nova Chance participou de esquema de transferência presos no antigo Carumbé
Investigações da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que resultou na deflagração da Operação Ragnatela, deflagrada nesta quarta-feira (5), apontam que Winkler de Freitas Teles, presidente da Fundação Nova Chance, ligada à Secretaria de Segurança Pública (Sesp), participava de um “conluio” de transferência de presos quando foi diretor do Centro de Ressocialização de Cuiabá, o antigo Presídio do Carumbé. As informações constam da decisão que autorizou a ação policial.


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Conforme detalhado no documento, os policiais descobriram um esquema de transferência de lideranças do Comando Vermelho (CVMT) para presídios de menor rigor penitenciário. O objetivo, de acordo com a equipe investigativa, era possibilitar a comunicação com os demais integrantes do grupo em liberdade em especial Willian Aparecido da Costa Pereira, conhecido como Gordão, que foi preso na ação de hoje.
 
Os investigadores apontaram que o esquema ocorria mediante recebimento de considerável valor em dinheiro, a título de propina. A trama ainda contaria com a participação do policial penal Luiz Otávio Natalino em conluio com Winkler na época que esse último era diretor do Presídio do Carumbé.
 
Natalino foi suspenso da função pública. A equipe policial pediu a mesma medida cautelar para Wincker, mas o juiz alegou falta de objeto para decretar a suspensão da função pública, visto que o agente exerce outra função.
 
“Vislumbro que não houve avanço relevante a partir das medidas cautelares implementadas em seu desfavor, no tocante ao suposto esquema de transferência dos internos entre estabelecimentos prisionais, a justificar a pretensa medida sob fundamentação neste tópico, até mesmo porque atualmente este investigado já não exerce mais a função de diretor de nenhum presídio desta Capital, mas sim a de Presidente da Fundação Nova Chance, cuja função que lhe permitia na época, supostamente, viabilizar o esquema citado, já não faz parte de sua nova atuação no cargo ao qual está investido atualmente, de modo que, não há risco de reiteração delitiva”, diz trecho da decisão assinada pela juiz João Francisco Campos de Almeida, do Núcleo de Inquérito Policiais (Nipo).
 
Mais agentes
 
Dois agentes públicos tiveram suas funções suspensas em razão do envolvimento com a organização criminosa. São eles: Natalino e o agente de regulação de fiscalização da Secretária Municipal de Ordem Pública (Sorp), Rodrigo Anderson de Arruda Rosa.
 
Conforme os autos da operação, Rodrigo auxiliava o grupo criminoso responsável pela promoção de shows na capital, G12 Eventos, na flexibilização da concessão de licenças e alvarás para a realização dos eventos. Em contrapartida, recebia benefícios financeiros de forma direta e indireta. Junto com ele, atuava também o vereador Paulo Henrique (MDB).
 
O grupo G12 Eventos, possuí ligação com integrantes do Comando Vermelho, e realizava shows em Cuiabá para lavagem de dinheiro oriundo das práticas criminosas.

Posicionamento da Sesp

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), por meio de nota, afirmou que o servidor Winkler de Freitas Teles não foi alvo de nenhuma medida cautelar no âmbito da Operação Ragnatela. O órgão irá acompanhar o andamento do caso e analisará a necessidade de implementar medidas administrativas contra o servidor.

Quanto ao servidor Luiz Otávio Natalino, ele já foi afastado de suas funções. A pasta ressalta que todas as medidas legais serão adotadas no âmbito administrativo.
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