O governador Mauro Mendes (UNIÃO) voltou a fazer críticas a países e Organizações Não Governamentais (ONGs) que, segundo ele, emitem críticas negativas ao Brasil, cobrando a preservação da Floresta Amazônica e a redução dos índices de desmatamento. Mendes reafirmou que o Brasil preservará a floresta sob a legislação brasileira, sem se submeter a pressões externas.
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Em sua crítica, o governador mencionou a criação do Fundo Amigos da Floresta, um projeto de sua autoria enviado à Assembleia Legislativa nesta semana. O objetivo do fundo, conforme o projeto, é captar doações para a criação, regularização e manutenção de parques e unidades de conservação no estado. Segundo Mendes, países e ONGs que desejam contribuir para a preservação da Amazônia podem fazê-lo através de doações para este fundo.
"No Brasil preservamos 60% das nossas florestas nativas. Nenhum lugar do mundo tem isso e produz tanto alimento como a gente produz. Quando você olha para algumas regiões do planeta que produz alimentos, os caras desmataram quase tudo. E nós temos um monte de ONG apontando o dedo pro Brasil. 'Ah, você tem que preservar e criar mais parques'. Isso custa. Hoje, mandei pra Assembleia [a proposta de criação] do fundo chamado 'Amigos da Floresta', para receber doação em dinheiro de ONGs e de países como a Noruega que dizem que querem ajudar”, disse.
O governador continuou a sua fala e disse que acha difícil aparecer alguma nação ou ONG disposta a contribuir com o fundo.
“É um fundo para colocar dinheiro. Aposto se aparecer alguém para meter dinheiro nesse fundo. Não vai aparecer, mas tá lá o fundo. Não vem meter o dedo aqui no brasil. Nós queremos preservar, mas vamos fazer do nosso jeito, respeitando as leis brasileiras e não fazendo do jeito que os gringos querem que a gente faça. Manter a floresta em pé custa. Tem que pagar esse preço do serviço ambiental que o Brasil está prestando para o mundo. Se é verdade que quer preservar, tá aqui o fundo, bota dinheiro. Senão, para de conversa fiada”, emendou.
Conforme o projeto, os recursos poderão ser doados por pessoas físicas e jurídicas, públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, organismos internacionais e organizações não governamentais (ONGs).
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) será a gestora e executora do Fundo, sendo responsável pela deliberação do custeio dos projetos e ações específicas para manutenção, regularização e criação de unidades de conservação. Além disso, o fundo terá um Conselho de Administração, com função normativa e deliberativa, cuja composição e número de integrantes serão definidas por decreto.
