Olhar Direto

Terça-feira, 16 de julho de 2024

Notícias | Cidades

Delegacia de Estelionatos

Em cinco meses, Polícia Civil recupera mais de R$ 1 milhão de vítimas de golpes em Cuiabá

Foto: Reprodução

Em cinco meses, Polícia Civil recupera mais de R$ 1 milhão de vítimas de golpes em Cuiabá
A Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá recuperou, entre janeiro e maio deste ano, R$ 1.094 milhão de vítimas que foram lesadas em diversos golpes aplicados por estelionatários contra moradores da capital. Os valores já foram devolvidos às vítimas.


Leia também 
Borracheiro é encontrado morto em avenida após discutir com colega de trabalho


Dos golpes mais praticados por criminosos estão o do falso boleto da concessionária de energia ou de plano de saúde, falso intermediário de vendas em plataformas de marketplace e o do falso parente, com abordagens pelo aplicativo Whatsapp.

A delegada titular da Deef, Eliane Moraes, pontua que os golpistas se utilizam cada vez de artifícios para criar abordagens e ludibriar e induzir as vítimas a erro e, por isso, as pessoas devem ter cuidados antes de fazer qualquer transferência de valor.

O golpe do intermediário de vendas é bastante aplicado na compra de veículo. A delegacia alerta que a pessoa interessada em comprar um veículo anunciado em redes sociais deve sempre checar a credibilidade do anunciante e se, de fato, existe o produto e se quem anuncia é o proprietário.

Outro alerta dado pelo delegado Jean Paulo Nascimento, adjunto da Estelionatos de Cuiabá, é sobre as providências que devem ser tomadas imediatamente quando há suspeita de fraude em relação a pagamentos via Pix. Em 2021, o Banco Central do Brasil criou o Mecanismo Especial de Devolução para tornar o Pix mais seguro e facilitar, principalmente, que vítimas de golpes financeiros recebam seu dinheiro de volta.

“O MED é um conjunto de regras que permite que a instituição financeira de onde o Pix foi feito peça o bloqueio imediato do valor na conta de destino, caso haja a suspeita de fraude. E o primeiro passo para tentar reaver o dinheiro é a vítima entrar em contato com seu banco por telefone ou app e acionar o MED, antes mesmo de fazer o boletim de ocorrência”, explicou o delegado, acrescentando ainda que as vítimas devem registrar a ocorrência para que os golpistas sejam identificados e as chances de recuperação dos valores sejam efetivadas.

O delegado ressalta ainda que o cidadão deve ficar atento a boletos relativos a compras não realizadas ou que estejam com o destinatário diferente daquele usual, principalmente em nomes de instituições bancárias ou empresas. “No momento de pagar um boleto, conferir se o banco que aparece na tela de pagamento é o mesmo que está no boleto, veja o valor, data de vencimento, nome do beneficiado e demais dados. Se desconfiar dos dados, entre em contato com a empresa ou instituição emissora do boleto”, acrescenta Jean Paulo.

No golpe do falso boleto os criminosos descobrem, por meio de pesquisas na internet, informações sobre as pessoas e fraudam os dados das vítimas, alterando os códigos de barras dos boletos, mas deixando como se fossem os originais. “Dessa forma, a vítima acredita que está pagando um boleto verdadeiro, mas no código de barras ou Pix constam informações que direcionam o valor para a conta dos golpistas”, esclarece.

O adjunto da Delegacia de Estelionatos acrescenta ainda que a partir de vazamentos de dados, os golpistas conseguem acesso aos hábitos de consumo e informações pessoais e passam a ter informações sobre as contas mensais das vítimas, por exemplo, e de onde são.

Prevenção e orientação

Uma pesquisa realizada em 2023, pela empresa Silverguard, fintech especializada em segurança digital e proteção de dados, apontou que quatro, entre cada 10 brasileiros, já sofreram tentativa de golpes com uso do Pix e destes, 22% caíram nos golpes.

A pesquisa destacou ainda que os golpistas buscam canais de fácil acesso para encontrar vítimas e de cada 10 golpes, sete foram iniciados pelas redes sociais do Whatsapp, Facebook e Instagram.

Conforme o mais recente Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 208 golpes são registrados por hora no país. O estudo publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública considera que a porta de entrada para as atividades criminais continua sendo física, pois dependem, preponderantemente, do acesso a aparelhos celulares ou dispositivos móveis que cada vez mais fazem parte da vida dos indivíduos.



Para auxiliar a população em como proceder em casos de fraudes por meio eletrônico e evitar possíveis situações de estelionato, a Polícia Civil de Mato Grosso criou um canal exclusivo de orientação rápida e objetiva.

O projeto reúne a atuação das unidades especializadas no combate a golpes, especialmente em ambiente virtual – Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, Delegacia Especializada de Estelionato de Várzea Grande e Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos, e tem como ideia central divulgar as informações de maneira fácil para que as vítimas tenham acesso rápido e saibam como proceder em casos de golpes ou fraudes eletrônicas.

Com as informações disponíveis, a vítima já pode adiantar os procedimentos conseguindo, por exemplo, recuperar suas contas em redes sociais, denunciar perfis falsos criados em seu nome e evitar que valores transferidos sejam difundidos para outras contas bancárias.

O diretor Metropolitano, Wagner Bassi Junior, destacou que, com o projeto, a Polícia Civil busca investir rotineiramente no trabalho de conscientização e esclarecimento à população, para que as vítimas de golpes possam agir de maneira rápida e efetiva. “Criamos um canal único em que a vítima pode encontrar orientações de como agir em casos de fraude eletrônica e de maneira fácil, em que por meio do QR Code ela possa acessar diretamente a informação que ela precisa”, explicou Bassi.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet