Mesmo com problemas de escândalos na Secretaria de Política Agrícola e com a demissão do ex-deputado federal por Mato Grosso, Neri Geller (PP), devido o leilão de arroz que foi cancelado após repercussão negativa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirma para o dia 26 de junho, na cidade de Rondonópolis, o lançamento do Plano Safra, com a presença do ministro Carlos Fávaro (PSD) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A reportagem apurou que o ato teria sido articulado pelo assessor do Mapa Carlos Ernesto Augustin, conhecido como Teti, que é de Rondonópolis.
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O desenho do Plano Safra 2024/2025 está praticamente pronto e deve destinar R$ 540 bilhões para custeio e investimento aos grandes, médios e pequenos agricultores. O montante é cerca de 25% superior ao ofertado no plano anterior, que ficou em R$ 435 bilhões (R$ 272,1 bi de custeio/comercialização, R$ 92,1 bi em investimento e outros R$ 71 bi para a agricultura familiar).
Além do valor mais alto para custeio e investimento, o plano está sendo definido com taxas de juros mais baixas que as praticadas atualmente. De acordo com uma fonte do Mapa envolvida na confecção do plano, as taxas devem ser fixadas entre 7,5% e 8,5%. Esse é um dos principais pedidos do setor desde que as negociações começaram.
Essa pauta acontecerá em Mato Grosso após saída de Neri e ainda sem a presença do novo secretário definitivo da Polític Agrícola. Por enquanto, Wilson Vaz, que é funcionário de carreira da Pasta está tocando a pasta, mas não ainda não foi efetivado.
A Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura é responsável pela elaboração do Plano Safra, principal política de crédito para o setor. A previsão de lançamento do novo plano é dia 26 de junho, daqui a duas semanas.
A vacância do cargo abre especulações de como será conduzida essa reta final de definições de orçamento, taxas de juros e volume de recursos para financiamentos da agricultura empresarial a partir de julho.
Políticos
A pauta de lançamento do Plano Safra deve contar com a presença de diversos políticos, não só de Mato Grosso, mas de outros estados. O governador Mauro Mendes (UNIÃO), o chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, vários secretários, deputados e prefeitos devem fazer parte do dispositivo de honra.
Por estar se aproximando do período eleitoral, o presidente Lula deve ser tietado por muitos prés-candidatos que devem marcar presença no ato e aproveitar para tentar um vídeo, uma foto ou um depoimento do presidente da República.
