Pouco antes de se reunir com os deputados na Presidência da Assembleia Legislativa (ALMT), o secretário-chefe da Casa Civil, Fabio Garcia (União), negou que haja letargia do Executivo na liberação das emendas impositivas, em especial aquelas destinadas para subsidiar cirurgias eletivas realizadas nos 142 municípios mato-grossenses.

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A demora no empenho de tais indicações gerou revolta até mesmo nos parlamentares da base. Em resposta, o Legislativo adotou marcha lenta na análise de mensagens do Executivo a marcou para esta quarta-feira (19) a votação de quase 50 vetos governamentais a projetos de lei.

Sob o risco de que a maioria dos vetos poderia ser derrubada, representando uma derrota emblemática para o Paiaguás, Fabio tratou de ir pessoalmente no Legislativo acalmar os ânimos dos deputados.

De acordo com o secretário, o empenho das emendas segue um rito burocrático dentro do governo.

“Estão todas andando, assim que as emendas são aprovadas tecnicamente pelas secretarias, a gente manda para liquidação, mas isso é um processo. O deputado indica um valor para investimento, há um plano de trabalho, passa pela secretaria para uma análise técnica, assim que fica pronto, a secretaria manda para a Casa Civil, que libera o pagamento”, declarou.

“Com relação as cirurgias eletivas, a gente tem um combinado de que 15% do total das emendas seria destinado para esse serviço, o que dava cerca de R$ 90 milhões, dos quais R$ 46 milhões já foram indicados e estão empenhados. Assim que formos recebendo as outras indicações, nós vamos empenhando este valor disponível para os municípios executarem as cirurgias. É um programa muito importante do estado e pretendemos continuar”, acrescentou.

A sessão matutina do Legislativo estadual foi suspensa para a reunião com Fabio. A previsão é que os trabalhos retornem ainda no início da tarde, com a análise dos vetos.