O Secretário de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Marcelo de Oliveira, demonstrou que não deve levar em consideração o pedido do prefeito Osmar Froner (MDB), de Chapada dos Guimarães, sobre começar as obras de retaludamento do morro do Portão do Inferno só após a realização do Festival de Inverno, que ocorre entre os dias 15 de julho e 4 de agosto.

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No ano passado, mais de 254 mil pessoas participaram do evento, que rendeu algo em torno de R$ 70 milhões ao município.

O governo do estado conseguiu a licença ambiental do Ibama no dia 28 de junho para as obras no Portão do Inferno, que segue interditado desde dezembro do ano passado, fazendo com que o trânsito no local siga no sistema “pare e siga”.

De acordo com Marcelo, a Sinfra busca solucionar alguns detalhes apontados como necessários pelo Ibama para liberar a empresa contratada.

“Por mim, eu tenho uma definição, a mobilização está sendo feita, a partir de semana que vem, com as entradas das documentações que são as pendências dentro do Ibama, a gente já quer começar a obra porque ela é significativa ali para a região. A nossa preocupação é muito grande, não foi à toa que nós figuramos esse pare e siga aí esses quase sete, oito meses”, afirmou, em conversa com a imprensa nesta terça-feira (02).

“O que nós queremos é resolver o problema definitivo e que ali seja uma grande área de contemplação. Eu só espero ter autorização. O resgate arqueológico já foi feito, mas tem ainda os resgates de flora e fauna e outras coisas que precisam ser feitas. Daqui seis meses acabou o problema do Portão do Inferno, pois a obra vai estar feita, não vai ter problema nenhum e Chapada vai ter seu futuro garantido”, acrescentou.

A empresa contratada foi a Lotufo Engenharia, que apresentou a melhor proposta financeira, de R$ 29,5 milhões. O contrato já foi assinado, assim como a ordem de serviço, e as obras devem começar em até cinco dias após a emissão da licença.

O projeto

O projeto de retaludamento foi escolhido após uma série de estudos, realizados pela Sinfra, e consiste na retirada do maciço rochoso na curva do Portão do Inferno e a criação de taludes, uma série de cortes, que funcionam como degraus para impedir os deslizamentos de terra. Com isso, a estrada será recuada em dez metros, evitando também a passagem sobre o viaduto que existe hoje no local.

A opção pelo retaludamento foi escolhida levando em conta uma série de fatores: garante mais segurança quanto ao risco de quedas de blocos e também em relação ao possível colapso do viaduto; tem custo financeiro menor; prazo de execução mais rápido; menos complexidade; e menos impacto socioeconômico ao município de Chapada dos Guimarães.