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Domingo, 21 de julho de 2024

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ARCA DE NOÉ

Riva conta sobre contato com Arcanjo em esquema com factoring: ‘quem entrou, não entrou na marra’

Foto: Reprodução

Riva conta sobre contato com Arcanjo em esquema com factoring: ‘quem entrou, não entrou na marra’
O ex-deputado estadual José Riva explicou ao PodOlhar o início de sua relação com o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro. Riva e Arcanjo são os personagens principais de uma das operações policiais mais significativas da história de Mato Grosso: a Arca de Noé. No esquema, segundo o Ministério Público, foram criadas empresas de fachada para direcionar pagamentos que posteriormente eram direcionados a factorings. A entrevista de Riva ao podcast do Olhar Direto foi conduzida pelos jornalistas Airton Marques e Arthur Santos da Silva.


ASSISTA A ÍNTEGRA DO PODOLHAR COM O EX-PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA, JOSÉ RIVA:

 

“Estava há 15 dias na Assembleia, não sabia nada da Primeira-Secretaria. As informações eram contraditórias, quando fui assumir, o Gilmar Fabris tinha 11 votos. Fui chamado no Hotel Eldorado com 15 dias de mandato, uma mesa grande, quase um dia de reunião, muitas pessoas desconhecidas, entre elas João Arcanjo Ribeiro. Arcanjo chega e põe na mesa um pacote de cheques e promissórias. R$ 25 milhões de dívidas, achava que restos a pagar que falaram, era contabilizado, mas não era. Na Assembleia não tinha controle algum”, esclareceu Riva, contando sobre seus primeiros anos na Casa de Leis, na década de 90.
 
A operação Arca de Noé revelou esquema montado no Assembleia Legislativa para desvio de recursos. Segundo o Ministério Público, foram criadas dezenas de empresas de fachada que simulavam serviços à ALMT. Pagamentos, feitos por meio de cheques, eram empenhados na Confiança Factoring, propriedade de Arcanjo. Estima-se a movimentação de R$ 65 milhões. A operação foi deflagrada no ano de 2002.
 
“Quando fui conhecer esse sistema de fato, já estava terminando o mandato de primeiro-secretário e sempre aquele conflito com Arcanjo para pagar um cheque que vinha não sei de quantas gestões. Era muita conta e o orçamento da Assembleia era de R$ 36 milhões. R$ 25 milhões apenas com uma factoring? Aí começou a aparecer outros que tinham um pouco a receber. No fim, a Assembleia devia uns R$ 40 milhões”, explicou Riva.
 
Apesar dos problemas causados por fazer parte de um dos maiores esquemas de corrupção da história de Mato Grosso, Riva revela que a relação com Arcanjo era respeitosa, sem qualquer tipo de ameaça.
 
“Foi boa, era um homem de palavra, quem entrou ali não entrou na marra, foi porque quis. Não posso reclamar do Arcanjo, nunca deu um grito ou se exaltou. Em determinado momento expressou que confiava em mim”, comentou o ex-deputado.
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