Quem visitar a Lagoa Encantada durante a programação de inauguração, que prossegue até sexta-feira (2), poderá aprender a criar enfeites, bolsas, cadeiras, vasos, enfim uma série de objetos e, ao mesmo tempo evitar que resíduos sólidos permaneçam na natureza. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smades) mantém na área revitalizada da lagoa um espaço dedicado à educação ambiental, onde qualquer pessoa interessada em aprender a transformar lixo em um produto comercial pode participar das oficinas, que acontecem no período da tarde.

Três projetos de educação ambiental são desenvolvidos pela Smades na lagoa. Um deles ensina a usar garrafas plásticas descartáveis na confecção de cadeiras, poltronas, pufes e até vassouras. Caixas de leite, coadores de café e papéis de qualquer natureza também são usados para criar produtos que podem ser vendidos pelos seus criadores.

“Retiramos resíduos sólidos do ambiente e confeccionamos produtos que podem gerar emprego e renda”, explica a bióloga Lucimar Brito de Paula, coordenadora do projeto Sala Verde.

A equipe do Centro de Referência Sócio-Ambiental e Cultural Cuiabano também está no local, ensinando crianças e adolescentes a transformar materiais que normalmente são jogados no lixo, como jornais e papéis, em representações de animais e plantas característicos da fauna e flora de Mato Grosso. A coordenadora do Centro Cuiabano, Mariah Queiroz, diz que o objetivo da ação é gerar emprego e renda, além de ensinar às crianças a importância da preservação ambiental.

Uma das professoras do projeto, Maria Auxiliadora de Almeida, já perdeu a conta de quantas pessoas passaram pelas oficinas, que atendem moradores de 12 bairros da região do Alphaville, onde funciona o centro. Uma dessas alunas é Telma Regina Ferreira de Arruda, que depois de seis meses de curso abriu em casa o seu próprio ateliê. Além de ter um rendimento extra todo mês, ela diz que o artesanato funciona como uma terapia.

Também estão no espaço da Smades policiais militares ambientais, que atuam no Horto Florestal. O trabalho deles é despertar nas crianças o respeito pelos animais silvestres e mostrar que contrabandear ou matar esses animais é crime. Para ilustrar, levaram ao local a pele de uma sucuri gigante, apreendida durante uma fiscalização, e de uma onça, morta a tiros.