Ineficácia, desgaste físico e pressão pelo compromisso de jogar em casa: o técnico do Cuiabá, Petit, analisou o desempenho ruim do clube como mandante após a derrota por 1 a 0 para o Fluminense, pior time do Brasileirão até o momento da atual temporada, neste domingo (21), na Arena Pantanal.
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O duelo foi parelho, equilibrado, mas também muito truncado e disputado no meio com faltas. Isso pela necessidade de vitória que ambas as esquadras possuem na atual fase. O Flu, que precisa de qualquer ponto para reverter a péssima campanha (somente duas vitórias nas 17 partidas que disputou), e o Dourado, que vai em busca de mais uma permanência e está beirando o Z-4.
Apesar do grande volume de finalizações, 15 do mandante e 10 do visitante, os arqueiros Fábio e Walter não foram tão exigidos durante o confronto, demonstrando a ineficácia na pontaria dos dois lados. Além de ter sido amarrado, o duelo também evidenciou o desgaste físico que assola o elenco auriverde por conta do calendário apertado.
Enquanto o Flu tve dez dias para se preparar para a visita à Mato Grosso, o Dourado saiu do Chile na quinta, desembarcou no Brasil na sexta a noite e no dia seguinte já estava na concentração para o jogo deste domingo.
“Jogo equilibrado, muito bem jogado, mas sem muitas oportunidades. Tivemos uma com Pitta no início, o Fluminense teve uma situação que não conseguimos cortar. Foi um jogo bem jogado, amarrado, muitas finalizações, 15 nossas, dez deles, mas de perigo não foram muitas. O gol nasce num momento em que estávamos por cima do jogo. Com a entrada do Deyverson desequilibramos o Fluminense, jogamos com dois centroavantes, mas não conseguimos”, lamentou Petit.
A tristeza ficou evidente, até porque o Flu é o penúltimo colocado, com a segunda pior campanha do campeonato, atrás apenas do Atlético-GO. Somou também o fato de que ontem a Arena bateu recorde de público, e viu o Dourado ser derrotado mesmo jogando de igual pra igual com o atual campeão da Libertadores.
Nos últimos nove jogos que disputou em casa, o Cuiabá venceu apenas um (na goleada por 5 a 0 sobre o Fortaleza), perdeu cinco e empatou três. O desempenho como mandante é negativo.
“Ficamos tristes, queremos vencer em casa, mas é batalhar e também saber que as equipes olham de outra forma. O Fluminense teve dez dias para trabalhar, nós chegamos na sexta 7 horas da noite, fomos para casa e no dia seguinte estávamos no hotel (para a concentração). Faz parte da profissão, de querer jogar a Sul-Americana e o Brasileirão, não é desculpa, mas massacra um pouco os jogadores. Trabalhamos em três ou quatro campos diferentes, o jogador não se recupera da melhor forma em termos físicos”, completou.
