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Quinta-feira, 25 de julho de 2024

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gerou desconfiança

Criminoso deixou televisor fora da casa de Raquel Cattani para forjar cena, diz polícia

Foto: Djeferson Kronbauer/ PowerMix

Criminoso deixou televisor fora da casa de Raquel Cattani para forjar cena, diz polícia
Depois de matar a facadas a ex-cunhada Raquel Cattani, de 26 anos, Rodrigo Xavier deixou um televisor para fora da casa da mulher com o intuito de forjar uma situação de latrocínio. A informação é da Polícia Civil.


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A empresária, que era filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), foi encontrada morta na última sexta-feira (19), no assentamento Pontal do Marape, a 150 km de Nova Mutum, onde ela e trabalhava e morava. 

Rodrigo Xavier e o ex-marido da vítima, Romero Xavier, foram presos nessa quarta-feira (24) suspeitos de cometerem o crime. Para a Polícia Civil, o ex-companheiro, que não aceitava o fim do relacionamento, foi o mandante do assassinato, enquanto seu irmão foi o executor.

De acordo com o delegado Guilherme Pompeo, foram feitas diligências ininterruptas na casa de Raquel desde quando a Polícia soube do crime. Ao chegar, os agentes notaram que a casa estava revirada e que a motocicleta de Raquel havia sido levada.

Durante a análise, um investigador notou que a janela do quarto dos filhos da vítima havia sido arrombada. Diante da evidência, foi solicitada a extração de eventuais impressões digitais, que foi realizada pela Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec).

Na chácara, a polícia apreendeu o televisor, que continha também algumas pegadas.

“Questionamos por que alguém tentaria levar uma televisão em uma motocicleta. Tal evidência sugeriu que aquele televisor foi deixado de forma proposital para fora da casa com o intuito de complicar a investigação”, disse Pompeo.

Ainda durante as investigações, e diante da desconfiança da cena armada, a atenção foi voltada ao ex-marido, Romero Xavier, que mantinha comportamento possessivo.

Em novos levantamentos, a Polícia Civil descobriu que o irmão de Romero, Rodrigo Xavier, tinha diversas passagens por furtos e outros crimes, além de ter sido usuário de entorpecentes no passado.

Um dos pontos investigados foi que Romero, até antes do término da relação, se mantinha distante do irmão. Contudo, após o fim do casamento, ambos passaram a se encontrar e trocar mensagens.

Na sequência das diligências, o delegado de Nova Mutum, Edmundo Félix, tentou contato com Rodrigo para que este fosse ouvido pela Polícia Civil, mas o suspeito se esquivou por várias vezes e apresentou inconsistências em sua versão, alegando que estava morando em uma fazenda.

Na terça-feira (23), ele atualizou uma rede social sua como morador de “Cuiabá”.

Confissão

Nesta quarta-feira (24), equipes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos e da Regional de Nova Mutum se dirigiram até o endereço de Rodrigo, em Lucas do Rio Verde. Após horas de vigilância, ele chegou na residência e, ao ser entrevistado, apresentou muito nervosismo com a presença dos policiais.

Da porta que estava aberta, as equipes observaram um frasco de perfume feminino em cima de uma bancada. Diante da evidente suspeita, ele confessou o homicídio de Raquel Cattani.

Além dos frascos de perfume, na casa ainda havia um aparelho de som, um cinto, um porta-celular e uma faca, todos os objetos pertencentes à Raquel.

Ainda na entrevista, a equipe investigativa reuniu informações que esclareceram que Rodrigo praticou o crime a mando do irmão, Romero, e levou alguns objetos da casa para simular um latrocínio e embaraçar as investigações da Polícia Civil.

Durante a prisão de Rodrigo, os policiais civis verificaram que a bota que ele utilizava naquele momento possuía total semelhança com a pegada encontrada na televisão na casa da vítima.

“Portanto, a dinâmica do crime, a ser confirmada com outros elementos de informação, aponta que Romero se encontrou com Rodrigo em Lucas do Rio Verde, na manhã do dia 18 de julho. Como Romero foi o autor intelectual do crime, ele havia planejado alguns atos”, pontuou Pompeo.
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