Com viagem marcada para Várzea Grande nesta quarta-feira (31), o presidente Lula (PT) rebateu as críticas de representantes de entidades ligadas ao agronegócio que reclamaram do valor do Plano Safra 2024/2025 lançado no mês passado, no valor de R$ 400,5 bilhões destinados para financiamentos. De acordo com o chefe do Executivo, muitos destes representantes não falam pelos produtores rurais, que sempre foram atendidos pelos governos do PT.
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Entre os críticos ao programa está o
presidente da Aprosoja/MT, Lucas Costa Beber, que mesmo com o montante 10% maior com relação à safra anterior, disse que o valor “decepcionou”. Na avaliação do representante, a única “evolução” a ser considerada foi a redução na taxa de juros de 12,5% para 11,5% do programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota).
“A gente vai dar o que a gente pode, não tenho só a agricultura para atender, tenho muitas outras coisas. Tenho Educação, Saúde e Segurança Pública. É preciso que as pessoas entendam, inclusive com juros em grande parte subsidiado, não é pouca coisa, em qualquer país do mundo seria um grande investimento. Tenho certeza de que a maioria dos empresários gostou”, afirmou, em entrevista à Rede Mato-grossense de Comunicação (RMC), nesta terça-feira (30).
“Pode ter um ou outro presidente de alguma entidade, pois, normalmente, os presidentes das entidades não falam em nome dos produtores. Muitas vezes o presidente da entidade nem é fazendo é um funcionário e fala ‘é pouco’. Pouco por quê, cara pálida? A gente dá o que é correto e que o Estado pode financiar”, acrescentou.
Ainda sobre o Plano Safra, Lula ressaltou que nunca os produtores, seja médios, pequenos ou grandes, receberam tantos investimentos como agora. O programa financia a aquisição de tratores, colheitadeiras, plataformas de corte, pulverizadores, plantadeiras, semeadoras e equipamentos para beneficiamento de café. Neste ano, os recursos para essa finalidade serão de R$ 9,5 bilhões.
“Não sei se poderíamos chamar de descontentamento. Não sei como podemos denominar isso. Foi, exatamente nos governos do PT, comigo e Dilma, que fizemos os mais importantes Planos Safras da história deste país, para atender o agronegócio e a agricultura familiar. As pessoas se esquecem que em 2008 eu fiz uma medida provisória que discutiu a securitização, foram quase R$ 500 bilhões para salvar a agricultura brasileira. Nunca perguntei se o cidadão gosta de mim ou não gosta, faço, pois, é preciso fazer, pois o Brasil precisa de uma agricultura forte e pujante. Tenho orgulho da nossa agricultura. Não dá para o cidadão receber um financiamento de R$ 400 bilhões e achar que é pouco”, pontuou.
