O Ministério da Educação informou na manhã desta quinta-feira que a nova prova do Enem deverá ser realizada em 30 a 45 dias em decorrência do adiamento anunciado hoje. A prova seria aplicada neste fim de semana. O resultado final das provas, que estava previsto para 8 de janeiro, deve atrasar em cerca de um mês.

Segundo o ministério, após a reorganização da logística de aplicação do novo teste, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), autarquia do ministério responsável pelo exame, irá comunicar aos participantes, por telefone e pela internet, as novas datas e locais do exame.

O cancelamento da prova do Enem foi informado nesta quinta-feira após denúncia feita pelo jornal "O Estado de S.Paulo". Segundo a reportagem, o jornal foi procurado por dois homens que informaram ter recebido o material na segunda-feira (28) de um funcionário do Inep, órgão ligado ao MEC. Eles apresentaram a prova e pediram o pagamento de R$ 500 mil por ela.

O MEC (Ministério da Educação) afirmou na manhã de hoje que a PF (Polícia Federal) do Distrito Federal vai abrir uma investigação para identificar os culpados pelo vazamento da prova. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, além de encontrar os culpados, as investigações também devem determinar o momento exato em que o vazamento aconteceu. Segundo o ministro, o sistema de segurança para evitar fraude inclui fiscais e câmeras.

Neste ano o número de inscritos foi o maior registrado nas 11 edições do exame: 4.147.527. Destes, mais de 2,5 milhões já concluíram o ensino médio. Segundo o Inep, com base em dados do Censo Escolar da Educação Básica, já chega a 80% o índice de inscrição no exame entre os alunos que devem concluir a educação média neste ano.

Reformulado neste ano, o Enem será a única forma de seleção em 24 das 55 universidades federais. O exame é usado por federais também para substituir a primeira fase do vestibular, para compor a nota e nas vagas que sobrarem. Instituições como USP, Unesp e Unicamp aceitam o Enem na composição da nota.