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Sábado, 18 de maio de 2024

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Tasso e Simon batem boca sobre adesão da Venezuela ao Mercosul

Os senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) trocaram farpas nesta quinta-feira durante reunião da Comissão de Relações Exteriores do Senado depois que o tucano apresentou relatório contrário à adesão da Venezuela no Mercosul.

Simon disse que Tasso fez um relatório político ao levar em conta, apenas, o fato de a Venezuela ser presidida pelo esquerdista Hugo Chávez --e ameaçou deixar a comissão se o texto do senador for analisado pelos colegas.

"Pelo amor de Deus, senador, não é possível. Estou vendo vocês brilhante caminhando, então vou embora. Saio daqui. Não aceito que essa comissão vote o seu parecer. Eu acho que absurdo. O Senado brasileiro vai matar o Mercosul? A decisão do Senado de vetar a entrada acaba com o Mercosul, e eu não quero ser responsável", afirmou.

Tasso, por sua vez, acusou Simon de não ter lido o seu relatório porque argumenta que incluiu aspectos "essenciais" ao Mercosul ao longo do texto. "Eu não vou ler em cima de discurso apaixonado de quem não leu o relatório. Eu não posso aceitar que digam que não falei do Mercosul", afirmou.

O peemedebista reagiu ao afirmar que sua disposição não é trocar farpas com Tasso. "Comigo não adianta Vossa Excelência levantar a voz. Recebe afeto e carinho."

Simon ficou irritado com o fato de Tasso ter baseado seu relatório em informações repassadas pela OEA (Organização dos Estados Americanos) à comissão. Na opinião do peemedebista, a organização tem interesses contrários à adesão da Venezuela no Mercosul porque deseja continuar no "comando" da América do Sul.

"Claro que a OEA não quer, que o americano não quer, muita gente não quer essa integração da América do Sul. Eles querem a OEA, que está lá impondo, fazendo. A América do Sul se respeitando, claro que a OEA não quer. Dou nota 10 para o relatório no que fez, mas dou nota muito baixa do que não fez. Vossa Excelência tinha que ter citado o que é a história do Mercosul", afirmou Simon.

Na defesa da adesão da Venezuela, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse que os parlamentares não podem construir um "muro" na fronteira entre o país vizinho e o Estado de Roraima. O senador Heráclito Fortes (DEM-PI), por sua vez, defendeu o relatório de Tasso ao afirmar que o texto foi um dos mais "bem elaborados" na história da Casa uma vez que Chávez coloca em risco a soberania do continente.
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