O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) destacou a gravidade dos incêndios na região do Pantanal e chamou a atenção para o comportamento imprevisível do fogo, que tem voltado a devastar áreas mesmo após ser controlado.
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Avallone relatou que as chamas, que já haviam sido combatidas há cerca de 40 dias, atravessaram o rio Paraguai e atingiu novamente a região da fazenda do Cambarazinho, em Poconé.
"O fogo pula o rio, pulou o Paraguai e entrou em Poconé. Nós extinguimos esse fogo com a ajuda de 11 máquinas pesadas, o que nunca havia sido feito no Pantanal, graças ao apoio do estado e da Secretaria de Infraestrutura (Sinfra), além do IBAMA e outras equipes", disse.
"Ficamos cuidando porque ele volta. E ele voltou anteontem. Aí, mandamos a equipe novamente, com mais cinco máquinas pesadas. Estamos controlando o fogo de novo. O fogo não se apaga completamente, e ele volta 30 dias depois, 15 dias depois, é um problema imenso", acrescentou.
Segundo Avallone, se não fosse pelo grande incêndio que começou no Sesc Pantanal, a situação no estado estaria muito mais controlada em comparação com Mato Grosso do Sul, onde vastas áreas do bioma já foram consumidas pelas chamas.
O fogo foi autorizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do Sesc. Estima-se que o fogo já consumiu mais de mil hectares da vegetação. O trabalho é evitar que o fogo se alastre e atinja outras regiões do Pantanal que são sensíveis.
"Nós passamos pelo pior mês, que é agosto, e em setembro não teríamos mais queimadas graves no Pantanal. Mato Grosso do Sul queimou inteiro, enquanto em Mato Grosso as queimadas foram controladas, com o ICMBio e o Corpo de Bombeiros acompanhando. Mas, mesmo assim, o fogo voltou após 15 ou 20 dias", lamentou.
O incêndio, que já atingiu fazendas e terras indígenas, continua causando destruição no Pantanal mato-grossense, deixando autoridades e equipes de combate em alerta constante.
