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PEDIDO DE CASSAÇÃO

Rodrigo Arruda rebate críticas e garante que Comissão de Ética vai analisar caso de Paulo Henrique na próxima semana

20 Set 2024 - 11:31

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Rafael Machado

Foto: Assessoria

Rodrigo Arruda rebate críticas e garante que Comissão de Ética vai analisar caso de Paulo Henrique na próxima semana
Após a prisão do vereador Paulo Henrique (MDB), acusado de envolvimento com o Comando Vermelho, a Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá entrou no centro de uma polêmica. Vereadores de oposição cobraram celeridade no processo disciplinar contra o parlamentar, acusando a comissão de proteção e omissão. No entanto, o presidente da Comissão, Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), rebateu as críticas e afirmou que o caso já estava pautado para ser analisado em reunião na próxima quarta-feira (25), previamente convocada.


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Rodrigo conversou com a imprensa na manhã desta sexta-feira (20) e explicou que o pedido de abertura de processo disciplinar contra Paulo Henrique foi apresentado no dia 10 de junho, após a primeira fase da Operação Ragnatela, quando o parlamentar foi alvo de mandado de busca e apreensão. Ele ressaltou que a Comissão de Ética vem agindo com cautela, aguardando novos desdobramentos da investigação.

"Recebemos o pedido no dia 24 de junho e logo marcamos uma reunião com a comissão. A Polícia Federal nos enviou o inquérito três dias depois, com mais de 5 mil páginas. O parecer inicial da Procuradoria da Casa foi pelo arquivamento, pois não havia indícios suficientes contra Paulo Henrique naquele momento. A comissão, no entanto, entendeu que seria prudente esperar uma avaliação mais completa com base no inquérito da Polícia Federal, por isso pedimos um prazo de 45 dias", esclareceu Rodrigo.

O presidente também garantiu que o processo não foi arquivado e que todos os trâmites estão sendo conduzidos com total transparência. "O prazo de 45 dias terminou no último domingo (15), e ontem a comissão já havia marcado uma reunião para a próxima quarta-feira, antes mesmo da prisão de Paulo Henrique. Agora, já requisitamos mais informações à Polícia Federal para entender o motivo da prisão e deliberar sobre o processo", afirmou.

Críticas da oposição

Vereadores da oposição, como Dilemário Alencar (União) e Demilson Nogueira (PP), alegaram que a Comissão de Ética estaria agindo com dois pesos e duas medidas, citando o caso da vereadora Edna Sampaio (PT), cujo processo de cassação foi conduzido em cerca de 90 dias. Dilemário chegou a afirmar que, se nenhuma medida for tomada contra Paulo Henrique, será apresentado um pedido de abertura de comissão processante na próxima sessão, no dia 24 de setembro.

Rodrigo Arruda, no entanto, rebateu as acusações de omissão e falta de celeridade, afirmando que a comissão tem agido de forma prudente e com respeito ao direito de defesa de Paulo Henrique. "É muito fácil falar de omissão depois da prisão. A Comissão de Ética sempre foi clara e transparente em suas ações. Não houve nenhuma solicitação de esclarecimento oficial por parte dos vereadores que agora fazem críticas. Parece que algumas pessoas querem ganhar voto no grito, mas nós não vamos aceitar essa teoria do caos", disparou.

O presidente reforçou que a prisão de Paulo Henrique será devidamente analisada pela comissão e que, se for comprovada a existência de indícios suficientes, o processo será aberto. "A Polícia Federal não prende ninguém sem fortes indícios, e vamos levar isso em consideração. Vamos juntar todos os documentos e, se for decidido pela abertura do processo, levaremos o caso ao plenário para as devidas providências", finalizou.

A prisão de Paulo Henrique é parte da segunda fase da Operação Ragnatela, batizada de Pubblicare, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e organização de eventos ligados à facção criminosa Comando Vermelho. O parlamentar é acusado de atuar como interlocutor entre a facção e agentes públicos, facilitando a realização de shows e outros eventos ilegais na capital.

A reunião da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, marcada para a próxima quarta-feira (25), promete ser decisiva para o futuro político de Paulo Henrique.
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