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Sábado, 18 de maio de 2024

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Rio usa discurso contra "mesmice olímpica" para tentar levar os Jogos-2016

O principal argumento da candidatura do Rio de Janeiro em sua apresentação pré-eleição da cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016, nesta sexta-feira, em Copenhague, na Dinamarca, foi o ineditismo. Dos quatro países que disputam o direito de organizar a competição, o Brasil é o único que jamais sediou uma edição da Olimpíada de verão ou de inverno.


Mais: o continente sul-americano nunca na história de 115 anos dos Jogos foi palco da disputa.

Na 3ª tentativa, Rio entra na disputa por sede olímpica em igualdade com rivais
"Entre as dez maiores economias do mundo, somos os únicos que não sediaram a Olimpíada. Para os outros, será apenas mais uma Olimpíada, mas para nós será uma oportunidade sem igual. O desafio do COI é expandir os Jogos para novos lugares, de acender a pira olímpica em um país tropical", disse o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

"Essa candidatura não é só nossa, mas é da América do Sul. Um continente que nunca sediou uma Olimpíada. está na hora de corrigir isso", adicionou Lula.

O Rio de Janeiro foi a terceira cidade a se apresentar nesta sexta. Antes, Chicago e Tóquio já haviam se apresentado perante os delegados do COI. A delegação de Madri fecha as apresentações. O anúncio da sede está previsto para 13h30 (horário local), logo após a votação.

A apresentação carioca começou com o discurso do ex-presidente da Fifa João Havelange e foi seguida por Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e do comitê da candidatura do Rio de Janeiro. Ambos falaram em francês, uma das línguas oficiais do COI.

Nuzman também falou em inglês, antes da exibição de um vídeo promocional produzido por Fernando Meirelles, diretor de "Cidade de Deus com imagens turísticas do Rio de Janeiro, com destaque para cenas dos Jogos Pan-Americanos de 2007".

Após o vídeo, quem assumiu o microfone foi o governador do estado do Rio, Sérgio Cabral Filho, que prometeu apoio total à realização dos Jogos e citou o exemplo do Pan para defender a capital do seu estado como cidade segura e pronta para receber a Olimpíada.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, seguiu Cabral e também falou sobre o apoio financeiro à candidatura. "O orçamento está separado, transparente e pronto para ser utilizado", afirmou.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, fez um curto discurso mesclando inglês, língua utilizada nos discursos de Cabral e Meirelles, e espanhol. Logo, o prefeito passou o microfone para Carlos Roberto Osório, secretário geral da candidatura, que explicou as obras previstas para a parte esportiva dos Jogos --arenas, estádios, ginásios e outros locais de competição.

Medalha de bronze na Olimpíada de Pequim-2008, a velejadora Isabel Swan mostrou o "ponto de vista" de um atleta carioca e citou os exemplos de Pelé e do para-atleta Daniel Dias para mostrar como o esporte pode mudar vidas.

O único momento em que a língua portuguesa apareceu na apresentação foi no discurso de Lula. O presidente foi também quem mais insistiu no caráter inédito de uma possível Olimpíada no Rio.

"As portas do Brasil estão abertas para a maior festa da humanidade. O Rio é uma das mais belas e acolhedoras cidades do mundo. O Rio está pronto e os que nos derem esta chance não se arrependerão."

A apresentação carioca foi encerrada por Nuzman. Após o discurso do comandante do comitê organizador, as autoridades brasileiras foram sabatinadas sobre questões gerais relativas aos Jogos.
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