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Sábado, 18 de maio de 2024

Notícias | Educação

MEC se reúne com responsáveis por impressão da prova do Enem

O MEC (Ministério da Educação) vai realizar na manhã desta sexta-feira uma reunião com representantes do consórcio responsável pela impressão e distribuição das provas do Enem para avaliar o vazamento que provocou o adiamento do exame, que aconteceria neste fim de semana.


Ontem, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que as provas foram mantidas divididas até chegarem à gráfica, e destacou que a versão que vazou foi a já impressa. Ele destacou, porém, que apenas as investigações vão determinar se a empresa foi responsável pelo vazamento da prova.

Embora a elaboração das questões do Enem fique a cargo do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), a impressão e a distribuição do material é de responsabilidade do Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Connasel), escolhido por meio de licitação.

O consórcio contratou para a impressão das provas a Plural Gráfica e Editora, uma parceria entre o Grupo Folha, que edita a Folha, e a Quad Graphics, maior gráfica das Américas. O consórcio não quis se manifestar e a Plural afirma que não tem nenhuma responsabilidade sobre o vazamento.

O contrato com a Consultec foi assinado em 13 de agosto, no valor de R$ 116,9 milhões. O contrato, divulgado no início da noite pelo MEC, previa entre as obrigações do consórcio "manter, sob rigorosos controle e sigilo, todos os dados, as informações e os documentos, responsabilizando-se por sua adequada guarda e transporte".

Mesmo que a empresa seja considerada culpada pela fraude, o ministro destaca que não há tempo de fazer uma nova licitação. Ele apontou duas opções: continuar com o consórcio ou contratar uma empresa em caráter de urgência. A última opção é improvável, já que o consórcio vencedor foi o único a concorrer à licitação.

Reformulado neste ano, o Enem será a única forma de seleção em 24 das 55 universidades federais. O exame é usado por federais também para substituir a primeira fase do vestibular, para compor a nota e nas vagas que sobrarem.

O cancelamento da prova do Enem foi informado nesta quinta-feira após denúncia feita pelo jornal "O Estado de S.Paulo". Segundo a reportagem, o jornal foi procurado por dois homens que informaram ter recebido o material na segunda-feira (28) de um funcionário do Inep, órgão ligado ao MEC. Eles apresentaram a prova e pediram o pagamento de R$ 500 mil por ela.

Investigação

O ministro informou que as investigações sobre o vazamento da prova do Enem devem começar no Estado de São Paulo devido à denúncia ter partido do Estado e pelo fato de a prova ter sido mantida dividida até a fase de impressão, que aconteceu na gráfica Plural, uma parceria do Grupo Folha com a empresa americana Quad/Graphics, em São Paulo.

Apesar disso, o ministro destacou que todo o processo de desenvolvimento da prova será analisado. O inquérito foi aberto pela PF (Polícia Federal) na manhã de hoje.

Ainda segundo Haddad, as provas do Enem estavam no fim da fase de impressão e já eram distribuídas em algumas regiões. Toda a região Norte já estava abastecida, por exemplo, e os últimos lotes seriam distribuídos em São Paulo. São 10 mil pontos de prova em todo o Brasil.
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