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Sábado, 18 de maio de 2024

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VG faz demissão em massa depois de constatar existência de fantasmas

VG faz  demissão em massa depois de constatar existência de  fantasmas
Pelo menos 400 servidores contratados na rede municipal de ensino nos cargos de Agente de Segurança e Manutenção, que são os vigias e zeladores, e Agentes de Serviços Gerais foram demitidos pela Prefeitura de Várzea Grande, após a constatação de possíveis funcionários “fantasmas”. A Secretaria Municipal de Educação encaminhou um ofício às escolas determinando que todos os servidores fossem até a instituição assinar a própria saída desses cargos.


A demissão em massa ocorreu depois que uma Comissão formada por membros do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-VG), da prefeitura e da Secretaria de Educação analisaram as folhas de pagamento dos últimos três meses e verificaram inúmeras contratações à mais.

Com isso, a secretaria decidiu demitir os cargos comissionados o que gerou verdadeiro embate com os profissionais da educação, que desde ontem decidiram cruzar os braços e mais de 50% das escolas paralisaram as atividades.

“Trata-se de um verdadeiro caça-fantasma. Fizemos uma auditoria nas escolas e foi constatado que diversos servidores estão lotados, mas não comparecem. Por isso decidimos encerrar os contratos e realizar um cadastramento”, explicou o secretário de educação e vice-prefeito, Tião da Zaeli.

Em entrevista ao site Olhar Direto, Zaeli disse que a exoneração ocorreu para que fosse feito um novo recadastramento de todos os servidores e que deverá começar na tarde de hoje, na Secretaria de Educação. Garantiu ainda que mais de 50% deverão ser recontratados. Os salários para os cargos variam entre R$ 450 a R$ 490.

“Se for comprovado que o servidor está trabalhando normalmente ele será recontratado. O fato é que houve um inchaço nos últimos três meses na rede de educação que precisamos apurar”, declarou ao Olhar Direto ressaltando que não houve outra medida a ser tomada para que não haja o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). No entanto, não soube informar o valor gasto com os supostos “fantasmas”.

De acordo com Tião da Zaeli, teria ocorrido uma falha administrativa em que muitos funcionários estão cadastrados para um local e lotados em outro. Enfatizou ainda que está trabalhando para a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos Servidores (PCCS), o que vem sendo reivindicado pela classe desde outras gestões.

Além disso, conforme o secretário, a próxima etapa será realizar o recadastramento dos professores. Quanto a paralisação nas escolas, o secretário enfatizou que não foram todas que aderiram ao protesto. Entretanto, se a manifestação continuar deverá realizar o cadastramento dos professores de imediato.

Outro lado

Para a presidente do Sintep-VG, Cida Cortez, o setor de educação “passa por uma crise moral”. Segundo ela, a atitude do secretário fere os princípios morais, uma vez que, diversos trabalhadores foram demitidos sem justificativas.

Na sua avaliação, isso deveria ocorrer depois que fosse realmente verificado quem está recebendo sem trabalhar. Na denúncia encaminhada pela Comissão, aponta a existência de 600 professores “fantasmas” quando Várzea Grande possui apenas 552 turmas de 1º a 4º séries.

Também foi apontado excesso de servidores nos cargos de Chefe de Divisão e Coordenadores.
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