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Prefeitura e União travam queda de braço por liberação de mais recursos

02 Out 2009 - 12:22

De Brasília Rosângela Mendes e André Nishizaki - especial para Olhar Direto

A reunião técnica entre as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande, representantes do governo do Estado, revelou verdadeira “queda de braço” com a Casa Civil e os secretários do Ministério das Cidades, sobre o montante a ser liberado para as capitais  e também a forma de disponibilização dos recursos, em função de estruturar  a capital cuiabana, no sentido de receber a Copa do Mundo em 2014.


Segundo o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), os representantes da União alegam que não são o remédio para todos os males e o tucano revela que por mais que tenha “batido” o pé"  e relatado a importância desses investimentos para as cidades-sedes, e em específico para Cuiabá o montante de R$ 1,9 bilhão, eles se recusaram em atender a liberação total do valor solicitado por Wilson.

“Eles querem cortar ao máximo a liberação de recursos, e querem investir somente nas obras dos arredores do novo estádio Verdão, que será reconstruído, como corredores exclusivos para transbordo até o estádio, linhas de ônibus alimentadoras, rede hoteleira, a mobilidade e acessibilidade ao aeroporto e a duplicação de viadutos, além do aeroporto”, relatou Santos.

Os principais questionamentos feitos por representantes mato-grossenses foram, como, quanto e quando será investido nas cidades.
Entretanto, eles voltaram para casa “insatisfeitos” porque somente obtiveram duas repostas: os valores serão definidos daqui a 20 dias e a sua liberação será por meio de financiamento ou de repasse do fundo perdido do Orçamento Geral da União (OGU).

Mas Santos e os secretários tentaram convencê-los a atender as necessidades das duas cidades e a liberar o recurso solicitado, para que possam garantir a sede da Copa em Cuiabá, tendo em vista que para ter mobilidade será necessário investir na construção de um sistema integrado.

Embora a tônica do resultado da reunião tenha sido insatisfatória para quase todos os representantes, eles mantém a esperança de conseguir emplacar todos os projetos sob pena da capital perder a sede da Copa.

Agripino Bonilha Filho indicado como articulador interinstitucional de Cuiabá na Agecopa, acredita que houve avanço nessa segunda reunião para tratar da Copa com a União. “Eles estão mais flexíveis que na primeira reunião, nós temos a expectativa que com a explanação detalhada dos projetos eles vão refletir, e possivelmente, liberem mais recursos do que eles pretendem. Mas se a Copa está condicionada à mobilidade ela poderá ficar comprometida caso não haja os investimentos necessários”, afirmou Bonilha.

Para conciliar e acalmar os ânimos o secretário estadual de Planejamento e Coordenação Geral, Yenes Magalhães, espera que o governo federal libere uma linha de crédito para reconstrução do estádio Verdão. Caso o empréstimo facilitado se confirme, os R$ 400 milhões de recursos próprios previstos para a obra seriam repassados para os projetos de mobilidade de Cuiabá e Várzea Grande.

O problema é que o Estado está sem capacidade de endividamento. “Temos condições de pagamento mas não de endividamento”, disse Magalhães. Segundo ele, os recursos para a reconstrução do “Verdão” virão do Fethab, cuja arrecadação prevista para 2010 é de R$ 560 milhões.

Um dos únicos que se manteve otimista e acredita que a reunião tenha sido um avanço em vários aspectos foi o secretário Adilton Sachetti.
“A reunião foi produtiva para afinar os discursos, levantar demandas de Cuiabá e Várzea Grande”, afirmou Adilton.
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