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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

Notícias | Educação

PF quer ouvir dono de pizzaria sobre envolvimento no vazamento do Enem

Apontado como intermediador do contato entre homens que supostamente tinham uma cópia da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2009 e uma repórter do jornal "O Estado de S. Paulo", o publicitário e dono de uma pizzaria na capital paulista, Luciano Rodrigues, de 39 anos, foi chamado pela Polícia Federal para prestar depoimento sobre o caso, segundo informou seu advogado, Luiz Vicente Bezinelli. O defensor disse que Rodrigues não tem envolvimento com o vazamento do exame.


De acordo com Bezinelli, Rodrigues recebeu um telefonema na quinta-feira (1º) da Polícia Federal determinando que ele fosse depor na próxima segunda-feira (5). Ele confirmou presença.

A tentativa de venda de uma cópia do exame fez com que o Ministério da Educação (MEC) cancelasse, na quinta-feira, a realização da prova marcada para sábado (3) e domingo (4).

Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa da Polícia Federal disse que não falaria sobre o caso nem quis confirmar se Rodrigues foi chamado para depor. A PF apenas confirma que o vazamento da prova está sendo investigado.

Clientes

O G1 esteve no início da tarde desta sexta-feira (2) na pizzaria, na Rua Pamplona, na região dos Jardins, área nobre de São Paulo, para falar com Rodrigues, mas a reportagem foi atendida pelo advogado, que disse ter orientado o cliente a não falar sobre o assunto e deixar a tarefa a cargo do defensor.

Bezinelli disse que o dono da pizzaria foi questionado por um grupo de três clientes do local se ele conhecia algum jornalista, pois eles queriam fazer uma denúncia grave sobre o Enem. De acordo com o advogado, os clientes se limitaram a dizer que era uma denúncia e não falaram que tinham a cópia da prova nem tampouco que queriam vender questões do exame.

O advogado disse que, como Rodrigues já trabalhou no departamento comercial de "O Estado de S. Paulo", deu aos clientes o telefone de uma jornalista da área de educação do jornal e também da redação da "Folha de S.Paulo".

Rodrigues chegou a telefonar para a reportagem dos dois jornais, segundo o advogado, para dizer que havia passado os telefones para que fosse feita uma denúncia sobre o Enem. No entanto, não acompanhou o contato deles com os repórteres, nem soube do encontro entre os rapazes e a jornalista de "O Estado de S. Paulo", de acordo com o relato do defensor.

"Ele só soube quando o escândalo saiu na imprensa", afirmou Bezinelli. Segundo ele, Rodrigues não tem ligação com escolas, cursinhos nem outras instituições da área de educação e também não tem filhos ou outros parentes que vão fazer a prova. "Ele nem sabia que haveria essa prova no fim de semana", garantiu o advogado.

O defensor contou que esses clientes que falaram sobre o Enem aparentam ter cerca de 25 anos e começaram a frequentar a pizzaria há algumas semanas. Rodrigues, segundo o advogado, provavelmente reconheceria os homens se os visse novamente.
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