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Domingo, 28 de julho de 2024

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Presidente do grupo Volkswagen diz que ano será 'muito difícil'

O presidente do grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, advertiu nesta quinta-feira (12), na sede da empresa em Wolfsburg, na Alemanha, que em 2009 "não será possível alcançar o elevado nível dos lucros de anos anteriores devido à diminuição das vendas e o aumento dos custos de refinanciamento".


"As perspectivas para 2009 permanecem bastante incertas e envolvem riscos", disse Winterkorn em conferência de imprensa em que detalhou os resultados do grupo de 2008 e fez seus prognósticos para 2009. O executivo acrescentou que o mercado é "altamente volátil", daí "a impossibilidade de fazer previsões para este ano fiscal."

"Enfrentamos um ano muito difícil", salientou wirterkorn, que, ao mesmo tempo, manifestou confiança em que o grupo, o maior fabricante de carros da Europa, sairá fortalecido desta crise. "Seguimos na liderança e com o tanque cheio", disse wirterkorn acrescentando que a força do grupo vai oferecer o seu crescimento maior e mais prolongado.

Segundo ele, o grupo Volkswagen vai lançar este ano para o mercado 60 novos modelos, incluindo atualizações e novos lançamentos. Winterkorn disse que, apesar da deterioração do mercado automóvel mundial, a Volkswagen terminou em 2008 um "saldo muito satisfatório" e, caso não tivesse sido para o colapso dos mercados na segunda metade do ano, o balanço atingiria uma nova dimensão.

O grupo Volkswagen terminou 2008 com um aumento de 13,7% do lucro líquido, para 4,688 milhões de euros. No total, o Grupo Volkswagen vendeu 6,27 milhões de veículos, mais 1,3% a mais que em 2007, aumentando a sua quota de mercado global. 

Seat só dá prejuízo

O Grupo Volkswagen, além da marca Volkswagen, é também proprietário das marcas Audi, Bentley, Bugatti, Lamborghini, Seat, Skoda, Aston Martin e Volkswagen Caminhões.

O presidente Winterkorn disse ainda que a Seat, marca espanhola que pertence ao grupo Volkswagen, "não tem um problema de produto, mas um problema de mercado", ao anunciar uma perda de 78 milhões de euros em 2008, frente aos 8 milhões de lucro em 2007. Este balanço representa o retorno da Seat aos números vermelhos, em um momento no qual a empresa realiza uma mudança em sua direção.

A Seat anunciou na quarta-feira (11) a substituição de seu atual presidente, Erich Schmitt, pelo ex-principal responsável da Mazda Europa, James Muir, com efeitos a partir de 1º de setembro.

Na entrevista coletiva anual do grupo, Winterkorn disse que as perdas da Seat são de mercado, pois a marca, até tendo as linhas adequadas, foi especialmente atingida na Europa ocidental. Em consequência desta contração, as entregas de veículos da Seat caíram 14,6%, para 368 mil veículos.

Winterkorn disse que a Seat, em contrapartida, cresceu na Europa central e do leste. A Seat faturou 5,196 bilhões de euros no ano passado, o que representa uma redução de 11,9% a respeito de 2007, enquanto suas vendas mundiais chegaram a 375 mil unidades em 2008, 8,7% a menos.
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