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Sábado, 04 de maio de 2024

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Dinamarqueses conhecem potencialidades de MT e mostram interesse nos projetos sustentáveis

“Acredito que o Brasil será o maior produtor do mundo nos próximos 10 anos e um grande competidor no mercado global, o que preocupa os concorrentes”. A afirmação é do cônsul da Dinamarca, Niels Thomsen, que esteve com uma comitiva de 30 empresários do país nesta segunda-feira (5), na sede do Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Sistema Fiemt). O encontro teve como objetivo apresentar ao grupo dinamarquês as potencialidades do Estado, bem como a produção sustentável da região.


Na ocasião, o presidente do Sistema Fiemt, Mauro Mendes, explanou sobre os indicadores econômicos de Mato Grosso, incluindo o setor industrial, enfocando as perspectivas para os próximos anos. “A média da produção mato-grossense é superior a do Brasil. O Estado é responsável por 30% da produção brasileira de soja, 52% da produção de algodão e 13% de milho, sendo que 30% do PIB (Produto Interno Bruto) são provenientes das exportações. São índices comparados aos dos ‘Tigres Asiáticos’, o que nos faz acreditar que Mato Grosso não só é uma região promissora, como uma das que mais se preocupa com o desenvolvimento sustentável”.

Ainda em sua apresentação, Mendes enfatizou o crescimento da indústria na região. “O setor cresceu 140% nos últimos sete anos, e a previsão é que essa evolução seja ainda maior nos próximos anos”. De acordo com ele, o Estado apresenta muitas oportunidades na cadeia de alimentos, além de ser o segundo maior potencial de energia hidráulica do Brasil, “que é uma energia limpa e mais econômica”, afirmou. Outro segmento ressaltado pelo presidente foi o de mineração que, segundo ele, também deve apresentar crescimento.

“Mato Grosso tem feito coisas milagrosas na agricultura, com produtividade impressionante, por isso o interesse em saber mais sobre o Estado”, explicou o cônsul sobre o motivo da visita. De acordo com Thomsen, a Dinamarca lidera o ranking das vendas externas de suíno do mundo, sendo que o Brasil é o terceiro colocado. “Acredito que num futuro próximo, o Brasil deve se tornar o maior exportador dessa carne”, pontua explicando que por conta da grande produção de suínos, a Dinamarca importa matéria-prima para ser utilizada como ração dos animais e parte desses produtos tem origem brasileira.

O desenvolvimento sustentável da região foi amplamente exposto ao grupo dinamarquês por meio das apresentações do superintendente do Instituto Ação Verde, Paulo Borges, e do diretor executivo do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira (Cipem), Julio Bachega. “Hoje, 100% da produção do setor de base florestal é feita de maneira sustentável, seguindo um plano de manejo florestal. Essa área equivale a 2,1 milhões de hectares”, enfatizou Bachega. Segundo ele, Mato Grosso tem capacidade para triplicar sua produção sem derrubar uma árvore sequer.

Na oportunidade, o cônsul destacou que a Dinamarca enfrentou 20 anos de problemas nessa área e que o país pode colaborar com os projetos do Estado. “Queremos conhecer o modelo de produção sustentável do Estado para colaborar. Há muitos entraves solucionados pelos dinamarqueses e a tecnologia utilizada para isto pode ser oferecida a Mato Grosso”. Além do presidente do Sistema Fiemt e diretores da instituição - empresários representantes de diversos segmentos da indústria, também marcaram presença no encontro o secretário de Estado de Desenvolvimento do Turismo, Yuri Bastos, o secretário adjunto do Tesouro Estadual da Secretaria de Fazenda do Estado (Sefaz-MT), Edmilson José dos Santos, e o assessor econômico da Sefaz, Vivaldo Lopes.

O grupo da Dinamarca compõe o Danish Agricultural Advisory Service (DAAS), uma parceria que consiste em 34 centros de pesquisa da Dinamarca e o National Centre. Os centros oferecem serviços e aconselhamento em agricultura para produtores dinamarqueses e internacionais. O National Centre é um centro de conhecimento e inovação que gera, envia informações aos produtores e aos pesquisadores, além de lidar com uma vasta gama de tarefas operacionais e de desenvolvimento em parceria com o DAAS.

DAAS - É propriedade dos produtores dinamarqueses e cerca de 90% dos fazendeiros do país são associados. O faturamento anual do DAAS gira em torno de U$ 420 milhões. Contam com 3600 colaboradores e 60.000 clientes. O DAAS participa de pesquisas mundiais que potencialmente geram impacto na agricultura dinamarquesa. Estes conhecimentos são passados aos produtores daquela localidade. Em algumas áreas, realizam as próprias pesquisas, testes, experiências no campo e os resultados são imediatamente utilizados pelos produtores. Oferecem serviços para cada setor da produção agrícola: economia (taxas, contabilidade, orçamentos, investimentos e finanças); produção de vegetais, incluindo horticultura; confinamentos (gado, suínos, aves etc); meio ambiente, planejamento rural e construções.
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