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Sábado, 04 de maio de 2024

Notícias | Educação

Advogada nega envolvimento de segurança no furto da prova do Enem

A advogada Claudete Pinheiro da Silva, que defende Felipe Pradella, de 32 anos, indiciado pelo envolvimento no vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) negou nesta segunda-feira (5) que o rapaz tenha sido o responsável pelo furto da prova.



Segundo Claudete, ele não quis vender o exame e, sim, fazer uma denúncia. “Eles [Pradella e o amigo, o DJ Gregory Camillo Craid] queriam denunciar a fragilidade da gráfica. A prova [do Enem] era uma prova de que os serviços eram deficitários”, afirmou.

A notícia de quebra do sigilo do exame, revelada pelo “O Estado de S.Paulo”, fez com que o Ministério da Educação cancelasse, na quinta-feira (1º), a prova que seria aplicada no sábado (3) e no domingo (4) para mais de 4 milhões de estudantes.

O objetivo dele era mostrar como era fácil ter acesso às provas, mas que ele não foi o responsável pelo furto, de acordo com ela. Pradella deixou a sede da Polícia Federal, na Zona Oeste de São Paulo, às 17h35 desta segunda, após prestar depoimento.

Além dele, também prestaram depoimento um rapaz apontado por ele como o responsável pelo furto e outro rapaz, que também que estaria envolvido na retirada da prova. Os três foram indiciados pela PF nesta segunda.

No total, cinco pessoas foram indiciadas. No sábado (3), já haviam sido indiciados por suspeita de participação no vazamento o publicitário e dono de uma pizzaria Luciano Rodrigues e o DJ Gregory Camillo Craid.

O advogado Luiz Vicente Bezinelli, que defende o dono da pizzaria, esteve na sede da Polícia Federal na tarde desta segunda para ver o inquérito e decidir como vai proceder na defesa de seu cliente. Bezinelli afirmou não ter visto o terceiro suspeito, que seria o segurança contratado pelo Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Connasel), responsável pelo processo de produção e de distribuição do exame.

No entanto, ele disse ter sido informado por uma delegada da Polícia Federal de que o segurança confessou o crime. Procurado pela TV Globo, o consórcio Connasel informou que o suspeito tinha sido contratado como temporário pelo instituto Cetro para trabalhar na arrumação de caixas na gráfica. O consórcio repassou à PF a identificação, o endereço e a ficha dele.

O advogado disse que deve entrar com habeas corpus na quarta-feira (7) - quando o inquérito pode estar concluído - para retirar as acusações contra seu cliente. Segundo ele, o dono da pizzaria não cometeu crime e o erro dele foi procurar a imprensa em vez de informar a polícia. “Ele pensou no furo jornalístico. Ele é publicitário, já trabalhou no ‘O Estado de S.Paulo’”.

O dono da pizzaria já trabalhou no departamento comercial de “O Estado de S.Paulo” e telefonou para a redação do jornal e também da “Folha de S. Paulo” para contar a denúncia para os jornalistas.

O defensor afirmou que seu cliente viu apenas que era um papel azul e que tinha um símbolo do governo federal, mas não chegou a olhar com atenção a prova.

Bezinelli disse que, em um primeiro momento, Rodrigues não sabia que os rapazes tinham interesse em vender a prova e pensava que se tratava apenas de uma denúncia. Mas depois, quando conversava com uma jornalista ao telefone, viu os dois discutindo, falando que podiam ganhar um dinheiro com o fato. O advogado disse que Rodrigues alertou aos rapazes que a imprensa não pagaria por aquilo e que ia querer denunciar.
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