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Terça-feira, 07 de maio de 2024

Notícias | Agronegócios

restrições à cana

Mato Grosso poderá perder R$ 8 bilhões com zoneamento

O estado de Mato Grosso poderá perder um investimento de R$ 8 bilhões com o zoneamento da cana que proíbe a expansão da produção na Bacia do Alto Paraguai e no bioma amazônico. A estimativa foi feita considerando que o setor ampliasse apenas em 5% a produção.


Os números foram apresentados pelo superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, Seneri Paludo, durante audiência pública realizada na manhã de hoje na Assembléia Legislativa. Segundo ele, na elaboração do zoneamento foram levados em considerações itens técnicos e políticos.

“Mato Grosso está sendo usado como moeda de troca”, afirmou Paludo, ao comentar que o governo federal acabou cedendo às pressões ambientais.

Ao mostrar o mapa da produção de cana no Brasil fica claro que somente Mato Grosso e parte de Mato Grosso do Sul serão prejudicados. A restrição atinge 88% da produção cana do Estado, já que boa parte está no bioma amazônico e na região da bacia do Alto Paraguai.

Seneri revela que Mato Grosso possui 243 mil hectares de plantação de cana, numa região com 262 mil habitantes, o que representa cerca de 10% da população do estado. Atualmente, o valor bruto gerado pelo setor é de R$ 2,3 bilhões. Também é um setor que gera 17 mil empregos diretos e 66 mil empregos indiretos.

Apenas 1% da produção da cana está na bacia do Alto Paraguaia, numa estimativa de crescimento de 5%, o setor poderia gerar R$ 10,3 bilhões e ampliar para 76 mil empregos diretos e 350 mil empregos indiretos. A área de produção aumentaria para 1,4 milhão de hectares e a população dessa região saltaria para 689 mil habitantes.

Segundo Seneri, o decreto 6.961, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva há 20 dias, transformar mais uma vez Mato Grosso em um estado em potencial e não em efetivo.

Estes números revoltaram os parlamentares federais que se comprometeram com o setor em fazer uma grande articulação política no Congresso para evitar a aprovação do projeto de lei que consolida o decreto 6.961, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva há 20 dias.
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