O presidente brasileiro insistiu que Estados Unidos, China e outros países devem reduzir a emissão de gases poluentes, algo que será essencial para que o COP-15 --reunião da ONU que acontece em dezembro, em Copenhague, cujo objetivo é substituir o Protocolo de Kyoto-- tenha sucesso.

A declaração foi dada nesta terça-feira (6), durante a cúpula entre o Brasil e União Europeia, em Estocolmo, na Suécia.

"Se resolvermos um pouco das emissões dos Estados Unidos, e [o presidente Barack] Obama vai tentar convencer o Congresso e o Senado" para aceitar metas climáticas mais ambiciosas, "então as coisas podem avançar", disse o presidente.

"Nós temos falado muito com a China, e temos falado muito com a Índia", declarou Lula durante o encontro. "Precisamos atingir as intenções de Copenhague... sobre quanto cada país emite", de pequenas nações africanas como Guinea-Bissau até os Estados Unidos, observou Lula.

Durante encontro no final do mês passado na sede da ONU, em Nova York, a China se comprometeu no uso de 15% das energias renováveis até o ano de 2020 e que, até o mesmo ano, vai reduzir "por uma margem notável" a quantidade de gases do efeito estufa emitidos para cada dólar do PIB (Produto Interno Bruto) em relação aos níveis de 2005, disse o presidente chinês, Hu Jintao.

Não houve uma posição dos EUA quanto a corte de CO2. O presidente Barack Obama precisa do aval do Parlamento norte-americano para o estabelecimento de uma meta fixa de redução de emissões. Juntos, Estados Unidos e China respondem por 20% das emissões de gases poluentes na atmosfera terrestre.

O COP-15 ocorre entre os dias 7 e 18 de dezembro em Copenhague.