O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse nesta terça-feira acreditar que a eventual candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-SP) ao governo do Estado não vai trazer prejuízos à aliança DEM-PSDB --que deve lançar o ex-governador Geraldo Alckmin ao cargo. Apesar de defender "humildade" para a oposição, Kassab disse que DEM e PSDB acreditam que vão eleger o sucessor do governador José Serra (PSDB) em São Paulo.
"Eu acho que humildade sempre é bom no processo eleitoral. Vamos ter respeito por todos os adversários, mas existe muita confiança da nossa aliança em uma vitória", afirmou.
Kassab disse que, a partir de janeiro, Serra vai dar início às conversas dentro da oposição para consolidar a aliança DEM-PSDB no governo estadual. O ex-governador Geraldo Alckmin deve ser lançado na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, com o apoio dos democratas.
"Tenho o maior respeito pelo adversário, qualquer que seja ele. Mas qualquer que seja a candidatura no campo oposicionista não vai alterar nossa disposição de caminharmos junto com o PSDB e com duas ações para defender em função da excelente gestão do governador José Serra à frente do Estado", disse o prefeito.
Na semana passada, Ciro transferiu seu domicílio eleitoral para São Paulo. O parlamentar tem sido incentivado por aliados do Planalto a disputar o governo do Estado em 2010. Oficialmente, Ciro diz que disputará a Presidência ou cargo nenhum nas eleições.
Para convencer Ciro a disputar o governo de São Paulo, emissários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmaram que ele terá apoio incondicional à sua candidatura. Para isso, o PT não lançaria candidato próprio nas eleições.
Governistas
A ex-prefeita Marta Suplicy (PT-SP), no entanto, disse nesta semana que o PT terá candidato próprio ao Palácio dos Bandeirantes e defendeu o nome do deputado Antonio Palocci (SP). "Há uma percepção [no partido] de que a candidatura Ciro não tem a ver com São Paulo", afirmou Marta.
Além de Ciro, o PSB não descarta lançar o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Paulo Skaf, ao governo do Estado --depois que ele filiou-se à legenda.
O PSB também mira uma vaga no Senado com o ex-vereador Gabriel Chalita, que deixou o PSDB para migrar ao partido socialista.
Oficialmente, Skaf afirma que a filiação não significava automaticamente que disputaria as eleições do próximo ano. No PSB, o sentimento é lançar o presidente da Fiesp caso Ciro decida efetivamente disputar o Palácio do Planalto.
