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Sábado, 27 de julho de 2024

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Santos anuncia plano B, mas os médicos não levam a sério

O prefeito Wilson Santos (PSDB) anunciou a contratação de uma empresa terceirizada para suprir os atendimentos de urgência e emergência no HPSMC (Hospital Pronto Socorro Municipal de Cuiabá). O anuncio do tão esperado “plano B” para a o caos na saúde foi feito  em uma coletiva de imprensa realizada no subsolo da prefeitura, na tarde desta sexta-feira (9).


A empresa contratada é a MASP – Serviços Médicos Sociedade Simples Ltda, do Rio Grande do Sul. De acordo com o prefeito, a empresa é experiente no ramo e presta serviço a seis hospitais no estado de sua sede, entre eles o Hospital da Brigada Militar.
Wilson Santos explicou que um pré-contrato de 15 dias foi assinado com a empresa e, nesse período, outro, em regime de emergência que dispensa licitação, será assinado com o prazo de seis meses. “As despesas da prefeitura continuarão as mesmas. Não haverá aumento de gastos”, garantiu o prefeito.

Durante o período de vigência do contrato, a prefeitura deve realizar um novo concurso para repor as vagas disponibilizadas pelos médicos demissionários.

Além disso, a prefeitura está convocando todos os médicos aprovados em concurso que estão na espera. Segundo o prefeito, são cinco cirurgiões e 11 clínicos. Enquanto isso, a MASP disponibilizará os funcionários para completar a escala no HPSMC.

Segundo o secretário de Saúde do município, Luiz Soares, a MASP trará do Rio Grande do Sul médicos para atuará no box de emergência do pronto socorro e no pronto atendimento adulto e infantil. Contudo, nada a impede de contratar em Cuiabá.

Lado dos médicos

Os médicos demissionários Alberto Bicudo Salomão e Valter Gouveia, afirmaram que os cirurgiões convocados pela prefeitura para ocupar as vagas em vacância não irão assumir os postos de trabalho. Segundo eles, a classe esta solidária à causa e, além disso, quem assumir as vagas pode ser processado pelo CRM (Conselho Regional dos Médicos).

Uma curiosidade é que o próprio Valter Gouveia é um dos convocados pela prefeitura. “Antes eu trabalhava como contratado, agora fui chamado pelo concurso que prestei”, afirmou. Ainda segundo ele, a contratação da empresa não passa de "blefe".

Bicudo ainda ressaltou que os médicos que devem vir do Rio Grande do Sul para Cuiabá terão que enfrentar todo o trâmite legal para poder começar a exercer a profissão. E mais, eles devem ser processados tão logo consigam o registro no CRM, podendo ser impedidos de trabalhar.
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