O ministro Tarso Genro (Justiça) comparou hoje os sem-terra que invadiram a fazenda da multinacional Cutrale com os integrantes do grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas, que respondem a acusações na Justiça.

"A lei é feita para todos de maneira indistinta. É feita para o pessoal do Opportunity, para pessoas de classe média e para camponeses e operários que cometem ações ilegais que violentam o direito dos outros", declarou o ministro em Canoas, município da zona metropolitana de Porto Alegre.

Assim como o presidente Luiz, Tarso classificou a ação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) como "vandalismo".

Mas Tarso disse que o movimento não pode ser incriminado pela ação de alguns de seus integrantes.

"Não se trata de falar do movimento porque incriminação in abstrata [imputar ao coletivo o crime cometido por alguém] não é prevista no direito brasileiro, mas as pessoas que cometeram aquilo, seja em nome do MST ou de quem for, têm de responder, têm de ressarcir e têm que pagar", disse.

Pré-candidato a governador do Rio Grande do Sul, Tarso não quis comentar a aprovação do relatório que pediu o arquivamento da ação de impeachment contra a governadora Yeda Crusius (PSDB), ontem na Assembleia Legislativa. A decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário