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Sexta-feira, 02 de agosto de 2024

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cumprindo tabela

'Mistão' brasileiro desafia altitude e tabu para manter ponta

Foto: Gazeta Press

'Mistão' brasileiro desafia altitude e tabu para manter ponta
Mais do que o ataque boliviano, que tem nos conhecidos Marcelo Moreno, ex-Cruzeiro, Arce, ex-Corinthians, e Pablo Escobar, do Santo André, os grandes destaques, a seleção brasileira enxerga como principal preocupação neste domingo, às 17 horas (de Brasília), a altitude de 3.600 metros da cidade de La Paz, palco do penúltimo compromisso do time de Dunga nas Eliminatórias Sul-americanas.


Já classificada para a Copa do Mundo da África do Sul, a equipe verde e amarela precisará poupar o fôlego e redobrar a atenção se quiser deixar a capital boliviana com a primeira posição na tabela garantida até a rodada final. E terá uma 'cara' diferente, renovada, para o confronto.

Indignada por ter de atuar mais uma vez nas alturas, o que poderá acontecer pela última vez na história das Eliminatórias, já que a Fifa estuda vetar definitivamente partidas de futebol em cidades situadas acima de 2.500 metros do nível do mar, a seleção canarinho poupará algumas de suas principais estrelas.

O meio-campista Kaká, do Real Madrid e o artilheiro Luis Fabiano, do Sevilla, além do meio-campista Gilberto Silva, do Panathinaikos, devem ser substituídos por Diego Souza, Adriano e Josué, respectivamente. Ainda no meio, Elano pode ceder sua vaga para Daniel Alves, que atuaria improvisado no setor.

"Se eu tiver que não jogar para ajudar a seleção, o farei sem problemas", sintetizou Kaká, evitando confirmar que o 'mistão' que será escalado por Dunga é uma forma de protesto velado da CBF contra a obrigatoriedade de ter que atuar em condições prejudiciais à saúde dos atletas.

"São dois adversários, né? A Bolívia e a altitude", brincou o lateral André Santos, confirmado como titular. "Já joguei em Potosi. Realmente é difícil de respirar, até parece que vai desmaiar. Mas não posso me importar com isso. Tenho que correr como um boliviano se tiver a oportunidade de jogar em La Paz. Será o jogo da vida para mim", completou Diego Souza, eleito pelo técnico Dunga como o substituto de Kaká em sua primeira oportunidade de vestir a camisa verde e amarela.

Apesar de já ter até conquistado um título em La Paz (a Copa América de 1997), a seleção brasileira não vence a Bolívia na altitude em jogos válidos pelas Eliminatórias desde 1981. Para o técnico Dunga, no entanto, o tabu não incomoda e a conquista dos três pontos é o objetivo para assegurar matematicamente o primeiro lugar da classificação.

"Estamos aqui para marcar nossa passagem pela seleção. Todos os tabus que a gente tiver a chance de quebrar, temos que fazer. Contra o Uruguai também tinha, mas fomos lá e quebramos", citou o técnico, lembrando a goleada por 4 a 0 conquistada no dia 6 de junho, no Centenário, que colocou um ponto final a um jejum de 30 anos em território celeste.

Por outro 'milagre': Sem qualquer pretensão de chegar à África do Sul, a Bolívia entrará em campo para lutar por dois objetivos: não ser ultrapassada pelo Peru, lanterna da classificação, e alcançar outro 'milagre', como o registrado no dia 1º de abril diante da Argentina, quando bateu os hermanos por 6 a 1.

"A ideia é vencer e nos despedir de forma honrosa perante a nossa torcida", avisou o ex-cruzeirense Marcelo Moreno, hoje defendendo o Werder Bremen, da Alemanha. "Quando quisemos jogar futebol, nós complicamos os adversários", comentou o zagueiro Ronald Raldes, presente no histórico jogo do "Dia da Mentira".

O técnico Erwin Sanchéz engrossou o coro dos atletas. "Espero que o time possa fazer as coisas de forma correta para que vençamos a partida e nossos torcedores saiam satisfeitos do estádio, pois sei que eles comparecerão em peso, mesmo com nossa má fase", apostou.

FICHA TÉCNICA:

BOLÍVIA X BRASIL

Local: Estádio Hernando Siles, em La Paz (Bolívia)
Data: 11 de outubro de 2009 (domingo)
Horário: 17h (de Brasília)
Árbitro: Pablo Pozo (CHI)
Assistentes: Patrício Basualto e Francisco Mondria, ambos chilenos

BOLÍVIA: Carlos Arias; Wilder Zabala, Ronald Raldes, Ronald Rivero e Ignacio García; Helmut Gutiérrez, Leonel Reyes, Edgar Olivares e Abdón Reyes; Arce e Marcelo Moreno
Técnico: Erwin Sanchéz

BRASIL: Julio César; Maicon, Luisão, Miranda e André Santos; Josué, Ramires, Daniel Alves e Diego Souza; Adriano e Nilmar
Técnico: Dunga
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