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caos na saúde

CRM diz que só um médico veio do RS; prefeito desmente

15 Out 2009 - 17:52

Da Redação - Jardel Arruda e Alline Marques

O presidente do CRM-MT (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso), Arlan Azevedo, confirmou que apenas um médico veio do Rio Grande Sul para Cuiabá nesta semana e solicitou inscrição no órgão. Contudo, ele afirma que nem mesmo pode afirmar tratar-se de um funcionário da empresa privada contratada pela Prefeitura de Cuiabá para atender os serviços de pronto atendimento adulto e infantil do HPSMC (Hospital Pronto Socorro Municiapal de Cuiabá), além do box de emergência.


Segundo Arlan, o médico vindo do Sul formou-se em 2008, portanto, não teve tempo de concluir os três anos exigidos de residência em cirurgia, especialidade necessária para atender no box de emergência.

Questionado sobre as referências da Masp Serviços Médicos Ltda, contratada pela Prefeitura, o presidente explicou que o CRM ainda não pode fazer uma análise do quadro de funcionários, porque a empresa nem mesmo possui um corpo clínico fixo.

“Eles criam uma pessoa jurídica virtual e saem arregimentando médicos como os caminhões de ‘gatos’ saem contratando trabalhadores rurais de acordo com as necessidades. Isso pode funcionar no Sul ou no Sudeste, onde há muitos médicos, mas a realidade em Cuiabá é diferente”, afirmou Arlan.

O prefeito Wilson Santos afirmou, durante Fórum sobre a Copa realizado nesta quinta-feira na Assembleia Legislativa, que o CRM está escondendo da imprensa os médicos que vieram do Rio Grande do Sul. Ele defende que a empresa possui vasta experiência no serviço para o qual foi contratada.
 
Ainda de acordo com Santos, os pacientes de Cuiabá devem continuar sendo encaminhados para Várzea Grande. Segundo ele, a cidade vizinha não pode se negar a atender a população da capital pois o HPSMC sempre recebeu a demanda daquela cidade.

Governo do Estado

Arlan Azevedo também convocou o governo estadual a intervir nos problemas do HPSMC. Segundo ele, esta é uma questão que envolve não somente Cuiabá, mas a saúde de todo estado. “O Pronto Socorro atende a pacientes de todo Mato Grosso, o governo não pode ser omisso neste debate”, frisou o presidente do CRM.

Mato Grosso é a única Unidade Federativa da União que não possui um hospital público federal e um Pronto Socorro municipal serve de referência para o Estado inteiro. Com o passar dos anos, vários hospitais da capital vieram à falência e, alguns, comprados pela executiva estadual, estão desativados. Dessa forma, os leitos reduziram enquanto a população aumentou.
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