O diretor de políticas públicas e relações governamentais do Google, Ivo Correa, disse nesta quinta-feira temer a febre na internet durante as eleições. Para ele, a web pode não ser tratada como deveria e descartada após o pleito.

"Tecnologia não resolve eleição, ela dá oportunidade, mas vai depender da motivação do candidato", disse Correa, que participou do seminário "O Efeito Obama", em um hotel de São Paulo.

Já o marqueteiro americano Ben Self, que foi responsável pela campanha presidencial de Barack Obama na internet, classificou a web como essencial em uma campanha política. Ele ainda comparou uma campanha sem internet a uma feita sem televisão.

O americano também comentou sobre a reforma eleitoral aprovada pelo Congresso e a tentativa de restringir o uso da web na eleição. "Não sou expert [no assunto], mas nos Estados Unidos nós temos mais possibilidades de fazer propaganda [na web] do que no Brasil."

O jornalista Ricardo Kotscho, ex-secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República, tem a mesma opinião de Self de que a internet é um grande instrumento de divulgação numa campanha eleitoral.