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Sábado, 18 de maio de 2024

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Corregedoria abre investigação para apurar se Suplicy quebrou o decoro ao desfilar de sunga

O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), decidiu abrir nesta sexta-feira uma investigação preliminar para avaliar se o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), quebrou o decoro parlamentar ao usar por cima do terno uma sunga vermelha --ele andou assim nas dependências da Casa.


"Pedi todas as informações e fotografias a respeito da brincadeira do senador Suplicy para analisar a necessidade de investigação, de abertura ou não de processo disciplinar. Não falo de cassação de mandato, mas talvez de propor à Mesa Diretora uma advertência.

Na avaliação do corregedor, o episódio prejudica a imagem do Congresso. "O comportamento do senador está fora do padrão ético que um parlamentar deve ter. O Senado vem num processo de restabelecimento. O Senado vem num processo de restabelecimento da imagem perante a opinião pública e o senador, com uma manifestação desta, põe tudo por terra", disse.

Na quarta-feira, Suplicy atendeu a um pedido da apresentadora Sabrina Sato, do programa "Pânico na TV", da RedeTV! e circulou com o adereço no Salão Azul do Senado. A ideia, segundo o petista, era que ele ficasse parecido com o personagem do Super-Homem. A gravação deve ser exibida no próximo domingo.

Suplicy classificou o episódio como uma brincadeira e disse que não esperava nenhum desgastes. "Foi uma brincadeira. Não ofendi ninguém. Não acredito que tenha sido uma quebra de decoro parlamentar", afirmou.

Essa é a segunda vez que Suplicy é investigado esse ano pela Corregedoria. No mês passado, Tuma decidiu arquivar denúncia contra o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) por ter permitido o uso de seu gabinete, à noite, por manifestantes favoráveis à libertação do ex-ativista italiano Cesare Battisti.

A atitude de Suplicy gerou críticas entre os parlamentares. O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou que o episódio representa quebra de decoro parlamentar. Maia disse, no entanto, que o partido não vai tomar nenhuma medida contra Suplicy. "Avacalhar o Senado para ter visibilidade em um programa de televisão não é aceitável. Isso só prejudica a imagem do Congresso e favorece às críticas ao Parlamento", disse.

Na avaliação do líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), o fato constrange os políticos. "Foi uma atitude pouco recomendada para qualquer senador. Acho que foi um episódio descartável e principalmente censurável, mas não a ponto de justificar a perda de um mandato, até pela história que o senador Suplicy tem no Senado", afirmou.

Uma cena semelhante à protagonizada por Suplicy ocorreu em 1946 e acabou com a cassação do mandato do deputado Edmundo Barreto Pinto. Ele se deixou fotografar por Jean Manzon para reportagem na revista "O Cruzeiro" vestindo apenas um fraque e uma cueca samba-canção. Apesar de alegar ter sido enganado por jornalistas, perdeu o mandato por falta de decoro parlamentar.
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