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Domingo, 19 de maio de 2024

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Núcleo de Lapidação de Pedras Coradas fica pronto em dezembro

Os equipamentos com capacidade instalada para 20 alunos já foram adquiridos pela Companhia de Mineração do Estado de Mato Grosso (Metamat), vinculada a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme). E, para os entendidos em lapidação a estrutura é de última geração. Falta alguma coisa para começarem os cursos de qualificação? Sim, a adequação da obra civil que fica pronta em dezembro deste ano.


“O Núcleo de Lapidação de Pedras Coradas fica com condições operacionais adequadas para atender o público alvo este ano. Em 2010 só trabalharemos com os cursos de qualificação. Serão duas turmas de 20 alunos cada, com duração de cinco meses. Portanto, teremos 40 pessoas como multiplicadores de conhecimentos no Estado, devidamente capacitadas. Esse é o objetivo do projeto”, garantiu João Justino Paes Barros, presidente da Metamat.

O curso funcionará em parceria com as prefeituras, que disponibilizarão alojamento e alimentação para os participantes indicados. As aulas estão programadas para período integral de segunda a sexta e no sábado até o meio.

“Temos muita gente procurando. Temos mais gente que vaga. Nosso trabalho consiste em aperfeiçoar o trabalho técnico para o mercado de trabalho. O que acontece, atualmente, é que as pedras coradas (ametista, berilo, turmalina e diversas outras) são lapidadas fora do Estado. Queremos inverter esse processo agregando valor ao produto e renda ao trabalhador”, explicou o geólogo Wanderlei Magalhães de Resende, idealizador e responsável pelo curso.

A lapidação de pedras coradas vai mudar a realidade dos municípios onde a atividade mineral acabou, exemplo das regiões de garimpos, que não tem vocação econômica. “As pessoas poderão confeccionar semi-jóias e expor em pontos estratégicos dentro e fora do Estado, como feiras e aeroportos”, garantiu Wanderlei.

Várias alternativas de trabalho são vislumbradas após a finalização do aprendizado, segundo o idealizador do projeto. “Não precisam necessariamente montar uma oficina como esta, até porque os equipamentos são caros e em Mato Grosso não há nada igual. Mas eles poderão montar parte dela e sobreviver um contribuindo com o outro. Ou seja, distribuindo as etapas do processo de fabricação de jóias de acordo com o equipamento que cada um possui”, explicou.

“O setor de joalheria de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro compra pedras para lapidação. Aqui ainda tem jazidas de gemas coradas não exploradas e o pessoal daqui dá prioridade para o ouro e diamante. Agora com a escola vai trazer a tona esse material para Mato Grosso, vai gerar muito emprego e muito dinheiro”, confidenciou Epaminondas Ferreira Júnior presidente da Associação dos Joalheiros de Mato Grosso (Ajomat).

Segundo Epaminondas, vai agregar muitos trabalhadores no processo. São os vendedores de abrasivos (óxidos), marceneiros, torneiros mecânicos. “Até a reciclagem de madeira, um puxa o outro tanto no setor de jóias como de bijuterias. Vão poder comprar mais barato e vender com valor agregado. E o setor de joalheria vai ter mais mão-de-obra que é tão escasso no mercado. O Rio Grande do Sul enfrenta grande problema, o custo é alto e a demanda grande e falta profissional na área”, garantiu o joalheiro.

Outro que analisa positivamente a implantação da escola de lapidação na Metamat é o geólogo e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) há 25 anos, Francisco Pinho. “É Interessante do ponto de vista econômico, pois vai gerar recursos e dificultar a comercialização clandestina das pedras. Além do cunho social, pois vai qualificar um grupo que terá emprego”.

Na avaliação de Pinho, a lapidação de jóias é uma área que Mato Grosso tem que investir, vai agregar valor para o Estado.

A Metamat em conjunto com os parceiros está formatando plano de trabalho para início das atividades no primeiro semestre de 2010. São parceiros: Sebrae-MT, a Secretaria de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) e a Associação dos Joalheiros do Estado de Mato.

Vale ressaltar que classificam-se como pedras coradas tudo, exceto o diamante.
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