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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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PMDB pró-Serra pressiona PSDB a antecipar escolha de candidato à Presidência

Depois de enfrentar cobranças do DEM para definir o nome do candidato que vai disputar a Presidência da República em 2010, o PSDB também vem sofrendo nos bastidores pressão de legendas governistas favoráveis à aliança com os tucanos na corrida ao Palácio do Planalto. O grupo do PMDB favorável à candidatura do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), espera que o PSDB defina o nome do seu candidato para tentar reverter a decisão da cúpula peemedebista de apoiar a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em 2010.


A Folha Online apurou que, nos bastidores, peemedebistas contrários à aliança nacional com o PT vêm mantendo conversas com os tucanos para cobrar uma definição de candidatura. A ala serrista do PMDB avalia que, com a demora, o grupo favorável a Dilma ganha força dentro da legenda para fazer a aliança com o PT decolar.

"O que a gente tem que fazer é enfrentar essa realidade nova que o PMDB pôs em prática, combater isso e esperar que o PSDB defina a candidatura. Definindo a candidatura, melhora para os dissidentes. A gente tem uma condição melhor de lutar com a candidatura definida", afirmou o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

Favorável à candidatura de Serra, Jarbas disse acreditar que a definição do candidato tucano vai permitir que os peemedebistas dissidentes busquem apoio ao tucano dentro do partido. Na opinião de Jarbas, o apoio ao candidato tucano vai crescer se Dilma mantiver índices baixos de aprovação nas pesquisas de intenção de voto.

"Se ela não decola, se não sai de onde está estagnada, a tendência é o partido apoiar o Serra, o meu candidato. Por que agora, sob pressão do presidente Lula, o PMDB vai dar um apoio que não tem nenhum valor jurídico, formal, só a convenção em junho de 2010 é que fará isso?", questionou Jarbas.

Governistas

A ala governista do PMDB, por outro lado, afirma que o partido está decidido a firmar aliança nacional com o PT. O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), disse que o partido vai fazer nesta terça-feira uma espécie de "noivado" com os petistas --durante encontro da cúpula do PMDB com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A ideia da legenda é formalizar a aliança com o PT nos bastidores, mas torná-la pública somente em 2010 --o que inclui deixar para um segundo momento a definição do nome do peemedebista que vai disputar a vice-presidência na chapa da petista. O líder admite, porém, que o nome do deputado Michel Temer (PMDB-SP) ganha força dentro do partido para disputar a vice-presidência na chapa de Dilma.

Até a convenção nacional do PMDB, prevista para o mês de junho, o partido vai tentar solucionar impasses regionais que dificultam a aliança com o PT. "Esperamos que esta etapa resulte num compromisso formal. Depois disso, vamos ter maior obstinação para questões estaduais", afirmou Alves.

Em diversos Estados, peemedebistas não estão dispostos a apoiar candidatos do PT, ou da sua coligação, na disputa de 2010 --o que dificulta a aliança em nível nacional com os petistas. Alves afirma, porém, que os problemas regionais serão solucionados a tempo de possibilitar o apoio do PMDB à candidatura de Dilma.

"Tão importante quanto o PT e o PMDB são os outros partidos. Queremos depois formar um grande bloco com todos os partidos para discutir juntos questões de 2010", afirmou Alves.
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