O documentário "Good hair", do comediante Chris Rock, vai poder estrear nos EUA esta semana, depois de uma juíza ter dado sentença contrária a uma cineasta que acusou Rock de roubar sua ideia para o filme.
A juíza distrital Dale Fischer disse no tribunal que, antes de tomar sua decisão, assistiu a "Good hair", de Chris Rock, e ao documentário "My nappy roots" (2006), da cineasta Regina Kimbell.
Fischer disse em sua sentença, na segunda-feira (19), que os filmes "não parecem ter sido feitos para o mesmo público" e que partes deles "não têm semelhança alguma."
Kimbell tentou impedir Chris Rock e a HBO de lançarem "Good hair" sem a aprovação dela, alegando que o filme plagiou partes de seu próprio trabalho.
Em sua ação, que acusa Rock de infração de direitos autorais e concorrência injusta, Kimbell pediu indenização de US$ 5 milhões por danos e afirmou que seu filme "My nappy roots" foi a base de "Good hair".
Cabelo bom
Chris Rock disse que a inspiração de "Good hair" lhe veio, na verdade, de sua filha de 7 anos, que lhe perguntou "por que eu não tenho cabelo bom?"
O filme segue um caminho de humor para tratar de raça e identidade, analisando a indústria que está por trás dos produtos para cabelos de negros e mostrando as provações às quais se submetem algumas mulheres negras para terem cabelos lisos.
Kimbell ainda poderá levar adiante sua ação judicial, apesar de a juíza ter autorizado a estreia de "Good hair" nos EUA. "Sempre soubemos que seria difícil conseguir que a juíza deferisse um pedido de mandado preliminar. Estamos ansiosos por chegar ao julgamento", disse em comunicado o advogado de Kimbell, Reginald K. Brown.
Ainda não foi marcada a data do julgamento.