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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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Com ameaças a desistentes

Oposição dá entrada no pedido de criação da CPI do MST

Com o apoio de 188 deputados e 35 senadores, a oposição protocolou nesta terça-feira no Congresso Nacional requerimento de criação da CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Com o apoio de 188 deputados e 35 senadores, a oposição protocolou nesta terça-feira no Congresso Nacional requerimento de criação da CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). O texto, encaminhado à Secretaria-Geral do Congresso pede investigações sobre o suposto repasse de recursos do governo federal a entidades ligadas ao movimento.


Os oposicionistas decidiram oficializar o pedido de investigação na véspera da sessão do Congresso, marcada para amanhã, quando será lido o requerimento de criação da CPI. DEM e PSDB ameaçam expor publicamente os parlamentares que decidirem retirar assinaturas do requerimento.

Como os governistas trabalham para convencer parlamentares a retirarem assinaturas do texto, o que pode provocar o arquivamento da CPI, DEM e PSDB estão dispostos a constranger publicamente os deputados e senadores que voltarem atrás no apoio à CPI. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) disse que o partido vai disponibilizar na internet os nomes dos parlamentares que retirarem as assinaturas do requerimento de criação da CPI.

Em ano pré-eleitoral, a técnica tem como objetivo evitar a debandada de deputados e senadores que, pressionados pelo governo, podem recuar no apoio à comissão.

"Acreditamos que na hora, os deputados vão começar a fazer contas entre quanto vale uma emenda ou um cargo que o governo venha a oferecer em troca da retirada, ou o desgaste que terão que enfrentar em suas bases. O governo pode oferecer emenda e cargos, mas isso não garante eleição", afirmou.

No total, a oposição reuniu assinaturas de 188 deputados e 35 senadores favoráveis à instalação da CPI. Para que a comissão mista (com deputados e senadores) seja criada, são necessárias 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado.

No final de setembro, a oposição chegou a protocolar o primeiro requerimento com o pedido de criação da CPI do MST, mas os governistas se mobilizaram e conseguirem convencer deputados a retirarem assinaturas --o que arquivou a comissão. Desta vez, na segunda tentativa, o DEM promete manter número suficiente de assinaturas para que a CPI seja instalada uma vez que os parlamentares vão sofrer desgastes em suas bases eleitorais.

"O deputado que retirar assinatura não vai só pra internet, vai aparecer em rádio em TV, em tudo que é lugar", disse Onyx.

Depois da leitura do requerimento na sessão do Congresso, os governistas terão até à meia-noite para conseguir retirar as assinaturas. Se neste tempo foram mantidas pelo menos 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado, a CPI será mantida. Do contrário, o requerimento ficará prejudicado.

"Tenho dúvidas se vão conseguir retirar uma assinatura que seja. Por que o governo pode oferecer emendas e cargos, mas isso não garante as eleições", afirmou Onyx.

Invasão


O pedido de criação da CPI ganhou força depois da invasão de uma fazenda produtora de laranjas no interior de São Paulo por integrantes do MST.

A oposição quer investigar se o governo repassou cerca de R$ 115 milhões de recursos a ONGs (organizações não-governamentais) que teriam ligação com o MST, mas o governo nega que as entidades tenham qualquer vínculo com o movimento.
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